A Rapariga da Mão Morta - curta
Realização: Alberto Seixas Santos. Elenco: Rita Martins, Madalena Vitorino, Bia Gomes, Maria Inês Soares. Nacionalidade: Portugal, 2005. 16 min.

O meu “mea culpa” à Rita Martins por não ter ido ver o “Lavado em Lágrimas”. Desta feita vi-a em “A Rapariga da Mão Morta”, a curta de Alberto Seixas Santos que está a ser apresentada como complemento do filme dos irmãos Dardenne “L’Enfant”.
Não me apetece falar sobre o filme, sem história, sem caminho, sem ritmo e sem propósito. A interessante opção de som na cena final, onde apenas se ouvem os carros (ainda que a cena em si seja incompreensível) não compensa a péssima captação dos diálogos, mesmo apesar da fraca originalidade dos poucos que se conseguem entender. E depois há Madalena Vitorino numa debitação de palavras tão artificial como aquela mão falsa.
Felizmente há Rita Martins, de uma naturalidade desarmante, na agilidade com que integra a prótese nos seus gestos do dia-a-dia, na convicção das ilusões, nas palavras assumidas como suas, no olhar perdido à procura da Lua.