The Safety of Objects ***
Realização: Rose Troche. Elenco: Glenn Close, Dermot Mulroney, Jessica Campbell, Patricia Clarkson, Joshua Jackson, Moira Kelly, Robert Klein, Timothy Olyphant, Mary Kay Place, Kristen Stewart, Alex House, Charlotte Arnold, Andrew Airlie, Stephanie Mills, Angela Vint, Aaron Ashmore, C. David Johnson, Haylee Wanstall. Nacionalidade: Reino Unido / EUA, 2001.
Há já algum tempo que este filme fazia parte da minha lista “a ver”. Finalmente, este domingo retirei-o da estante do clube de vídeo e levei-o para casa.
Adaptado de um conjunto de contos, “The Safety of Objects” tece uma rede de relações entre os diversos personagens, distribuídos entre quatro famílias vizinhas: os Gold, os Train, os Jennings, e os Christianson. Paul (Jackson), o filho mais velhos dos Gold está em coma, devido a um acidente de viação, sob os cuidados extremos da sua mãe, Esther (Close). Entretanto, a namorada de meia-idade de Paul, Anette (Clarkson) tenta superar os problemas financeiros para sustentar os seus dois filhos. Jim Train (Mulroney) vive obcecado pelo seu trabalho, onde não recebe o reconhecimento devido, negligenciado a sua família. E por sua vez, Helen Christianson (Kay Place) procura algo que o seu casamento parece não estar a dar.
As suas vidas e histórias cruzam-se de diversas formas, no passado e no presente, conduzindo-nos à descoberta das suas motivações. Um pouco na linha de um “Happiness” (Todd Solondz, 1998) ou um “Magnolia” (Paul Thomas Anderson, 1999), mas sem a mesma excelência. Porque a narrativa se perde por vezes e porque, apesar das sólidas representações por parte de um elenco seleccionado, onde se destaca Glen Close, Patricia Clarkson e Timothy Oliphant por três poderosas interpretações, este filme falha na densidade dos mesmos. Acaba por parecer demasiada gente para o espaço/tempo que existe.
Apesar disso, o que me ficou deste filme foi o papel dos objectos na vida das pessoas. A guitarra de Paul para a irmã Julie (Campbell). A relação do filho dos Train com a boneca da sua irmã. A importância que ganhar um carro num concurso passa a ter para Jim Train. O próprio filho em coma é, para Esther, um objecto ao qual ela se agarra à procura de segurança. Há uma pulseira que representa amizade, uma bola de basquete que significa liberdade, uma máquina de lavar loiça que avaria da mesma forma que um casamento, plantas que se cultivam para dar um sentido à vida.
Mas de que objectos precisamos realmente nós para ser felizes?
CITAÇÕES:
“When you start collecting things, you start thinking you care about stuff. And when they're gone; when they break or someone steals them, you feel like a part of you is gone, too. When you have things and suddenly you don't, it feels like you disappeared. Nothing should make you feel that way... Except when you lose a person...”
TIMOTHY OLIPHANT (Randy)
“If you are ever in a praying situation with Him: Be Specific! Include certain clauses. It's not enough to assume that if a person lives they'll be okay... Cause God has a wicked sense of humor. And even though he knows you mean more, he'll only give you exactly what you ask for.”
GLEN CLOSE (Esther Gold)