Realização: Phyllida Lloyd. Elenco: Meryl Streep, Jim Broadbent, Olivia Colman, Anthony Head, Richard E. Grant, Roger Allam, Nicholas Farrell, Alexandra Roach, Harry Lloyd. Nacionalidade: Reino Unido / França, 2011.
Esta não é, propositadamente, a Thatcher que a maioria recorda, a Thatcher que a maioria (da minha geração) aprendeu a detestar. Primeiro, mais por simpatia com os seus oponentes (sobretudo musicais) do que por conhecimento de causa. Depois, quando a idade nos permitiu ver para lá da retórica, pelas ideias e pelas consequências dessas ideias.
Da solidão do poder. Na ascensão, na permanência e, principalmente, na queda.
O carácter como definidor da política, a política como definidor do carácter.
Um símbolo transformado em humano, Streep transformada em Margaret, uma mulher que se despede do seu legado, do seu marido, da sua lucidez.
Devido à minha idade, não conheci o trabalho de Margaret Thatcher, apenas alguns textos que li e este livro.
Só posso, então, falar do que sei, ou seja, do filme em que Meryl Streep está fantástica. Nesta película, é dado ênfase ao preço que se paga pelo poder, e é um retrato íntimo de uma mulher complexa. Expõe os factos com bastante precisão e dá a conhecer a história daquela que é uma das figuras britânicas mais emblemática.
Concordando ou não com as ideias defendidas, é certo que Margaret Thatcher quebrou muitas barreiras para as mulheres britânicas.
De
Rita a 20 de Fevereiro de 2012 às 15:34
Gostar dela por ela ser mulher é exactamente tão enviesado como seria não gostar dela por ela ser mulher.
Duvido que os milhares de mulheres que sofreram na pele as consequências da sua política a considerassem uma sua representante.
E se ela derrubou barreiras foi para a política de direita - que faz culto do indivíduo mas se esquece das pessoas - que grassa hoje pelo mundo.
Mas isso sou eu.
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