ALIGN=JUSTIFY>Numa atmosfera surreal, onde ser disfuncional é a norma, Solondz fala sobre a necessidade do perdão para se poder enfrentar o futuro.
Através de diálogos absurdos e geniais parte do particular para o geral, e eis que deixamos de questionar as atitudes das suas personagens para passarmos a questionar as atitudes do nosso mundo.
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O Japão é um lugar estranho.* O conformismo é um lugar comum. O grupo de artistas/performers japoneses que o documentário “We don’t care about music anyway…” apresenta são tudo menos conformistas. E são bem estranhos. Felizmente! Que piada é que têm japoneses normais?
O ruído e a improvisação. Os instrumentos mais suspeitos, tendo no corpo humano a derradeira fonte de ritmos. E Tóquio. Uma Tóquio fascinante, pulsante, desmesurada na sua escala, cuspindo para os seus subúrbios todo o lixo e ruínas que não encaixam na sua obsessão por ordem e rigor. Uma experiência visual e sonora, que tanto pode (e deve) ser exibida numa sala de cinema como numa galeria de arte. Mesmo que os ouvidos tenham dificuldade em suportar alguns decibéis.
Estes japoneses não querem saber de música e fazem muito bem. Já há por aí demasiada gente interessada em música. Com produtos sonoros bem mais ruidosos (e cansativos) do que esta malta nipónica faz.
SIZE=1>*A minha vénia ao Peter Carey e ao seu belo livro.
ALIGN=JUSTIFY>T.O.: Nanjing! Nanjing! Realização: Lu Chuan. Elenco: Liu Ye, Fan Wei, Hideo Nakaizumi, Gao Yuanyuan . Nacionalidade: China / Hong Kong, 2009.
ALIGN=JUSTIFY>Ao testemunharmos as atrocidades da guerra, somos implicados no seu terror e na angústia dos seus intervenientes.
Quando um ser humano rebaixa outro rebaixa-se a si mesmo.
Quando deixamos de conseguir sentir empatia pela dor e pelo sofrimento do outro, resta muito pouco, quase nada. Não, minto. Resta muita, muita tristeza.