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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

Entre os Dedos *

27.11.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Tiago Guedes e Frederico Serra. Elenco: Filipe Duarte, Isabel Abreu, Lavínia Moreira, Paula Sá Nogueira, Gonçalo Waddington, Fernanda Lapa, Luís Filipe Rocha, João Pedro Vaz. Nacionalidade: Portugal, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>Após um acidente na obra onde trabalha e que motivou a morte de um colega, Paulo (Filipe Duarte) é despedido por ter feito uma queixa da segurança. Lúcia (Isabel Abreu), a mulher de Paulo, está farta de carregar a família aos ombros com o seu emprego em serviços de limpeza. Bela (Lavínia Moreira), a irmã de Paulo, duplica o seu trabalho de enfermeira, ao cuidar do pai reformado (Luís Filipe Rocha) e do doente terminal Nuno (Gonçalo Waddington), por sua vez incapaz de suportar o olhar dorido da mãe (Fernanda Lapa).

ALIGN=JUSTIFY>À semelhança do anterior filme deste duo de realizadores, “Coisa Ruim”, também “Entre os Dedos” conta com o argumento do irmão de Tiago Guedes, o jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho.

ALIGN=JUSTIFY>A bela fotografia de Paulo Ares não chega para nos poupar a um tremendo aborrecimento, naquilo que parece ir pouco mais além de um exercício narcisista: o louvor ao miserabilismo envolvido em pretensiosismo estilístico.

ALIGN=JUSTIFY>Os ruídos são barulhentos, os diálogos abafados. A ausência de banda sonora deve ter um qualquer propósito, como seja captarmos a desolação que é a vida destas personagens. A mim fica-me apenas a parecer que não sabem usá-la.

ALIGN=JUSTIFY>O desperdício do talento (incluindo os brevíssimos Adriano Luz, Nuno Lopes e Eunice Muñoz) na vacuidade de uma narrativa sem vontade de ser contada.

ALIGN=JUSTIFY>Apregoar símbolos tem muito pouco valor quando aquilo que possibilita envolvermo-nos no universo de estranhos é a capacidade de quem está do lado de lá saber contar bem uma história. Não é esse o caso.

ALIGN=JUSTIFY>E mais uma vez o cinema português a deixar-me desconsolada.
Não me apetece dizer mais.









Blindness ***1/2

21.11.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Fernando Meirelles. Elenco: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Yusuke Iseya, Yoshino Kimura, Don McKellar, Danny Glover, Gael García Bernal, Susan Coyne, Mitchell Nye, Maury Chaykin, Sandra Oh. Nacionalidade: Canadá / Brasil / Japão, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>Existem duas vantagens claras em não ter ainda lido o livro de 1995 de José Saramago ‘Ensaio Sobre a Cegueira’: a primeira, é poder ainda lê-lo pela primeira vez; a segunda, é ter podido apreciar a versão de Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”, “The Constant Gardener”) sem a tentação imediata de comparar as duas obras.

ALIGN=JUSTIFY>Ainda que sejam duas linguagens distintas, Meirelles fez questão de se manter fiel ao espírito da obra de Saramago, e, caso houvesse dúvidas, a receptividade do Nobel português foi óbvia. Enquanto o argumento de Don McKellar transporta a essência metafórica num plano mais emocional que real, César Charlone concretiza o isolamento e a cegueira, lavando a fotografia das suas cores, queimando a imagem e ampliando os brancos.

ALIGN=JUSTIFY>Os habitantes de uma cidade não nomeada começam, subitamente, a ficar cegos, naquilo que parece uma epidemia altamente contagiosa. Depois do primeiro homem (Yusuke Iseya) perder a visão é a vez do médico que o atende (Mark Ruffalo), o homem que lhe rouba o carro (o argumentista Don McKellar). Por decreto da Ministra da Saúde (Sandra Oh), todos aqueles a quem foi diagnosticada a ‘doença branca’ são enviados de quarentena para as instalações de um antigo asilo mental sob vigilância militar. Apesar de não estar atacada por esta cegueira, a mulher do médico (Julianne Moore) acompanha-o. Com poucas condições e com a chegada de cada vez mais doentes, a sobrelotação, os escassos alimentos, e o abandono a que são votados pelo exterior começam a criar tensões entre as camaratas. O autonomeado rei da camarata três (Gael Garcia Bernal) assume o comando das operações, exigindo pagamentos pela comida, com consequências cada vez mais perniciosas.

ALIGN=JUSTIFY>Num contexto de pânico e paranóia o governo revela-se ineficaz em lidar com a crise, optando pela solução mais fácil: a desresponsabilização. Enquanto isso, no centro de quarentena vive-se uma crescente loucura (acentuada pela câmara de Charlone), apesar dos esforços do médico e especialmente da sua mulher para manterem a ordem e a democracia.

ALIGN=JUSTIFY>Não sabemos o nome de nenhuma destas personagens, porque elas não são nomeáveis. E se quando começa o filme é fácil colocar cada uma na sua caixa etiquetada, ao longo da história elas provando que são muito mais ou muito menos do que a nossa primeira impressão. O caso mais evidente é o da personagem de Moore (se tem de haver um protagonista), que vai crescendo com o desenrolar dos acontecimentos. Pela sua forma de lidar com eles a imagem que temos dela também se vai construindo. E se, aqui, ver lhe dá uma vantagem sobre os demais, dá-lhe também um maior sofrimento. Por não poder ignorar tudo o que é fétido, miserável e sujo.

ALIGN=JUSTIFY>“Blindness” revela a dimensão complexa da natureza humana perante a catástrofe. A opção pela ordem ou pelo caos, pela decência ou pela violência, pelo sadismo ou pelo altruísmo, pelas normas ou pela anarquia. Perante o desespero e a fome surge o egoísmo, a indiferença e o oportunismo. Mas surge também a empatia, a compreensão, o sacrifício e o perdão. A organização social pode ser uma coisa frágil, mas assim que é eliminada torna-se urgente recuperá-la, mesmo que seja sob outra forma. Ambiguamente, a forma como cada um se deixa guiar pelo bem ou pelo mal mostra-se mais fruto do instinto de sobrevivência (a protecção do grupo e a direcção de um líder) do que de uma decisão moral. O caminho para um estado de selvajaria e brutalidade é, por norma, considerado uma ‘descida’. Por norma também, é mais fácil descer que subir. Mas como na beleza existe a surpresa da amoralidade, no pesadelo é a moralidade que nos deixa desconcertados.

ALIGN=JUSTIFY>Em “Blindness” os homens são seres que se acomodam, que se sujeitam, enquanto as mulheres aparecem como líderes da acção, assumindo as responsabilidades e as consequências das decisões. Destabilizados na sua relação de poder com os outros, os homens extraem o sexo do amor. No meio do terror, só as mulheres conseguem amar.

ALIGN=JUSTIFY>Mas se um livro, especialmente um escrito por Saramago, nos consegue fazer adentrar num mundo abstracto e simbólico, “Blindness” como filme perde alguma dessa capacidade. Porque precisávamos de mais tempo com a história, mais dureza talvez, para que o nosso pensamento pudesse chegar onde tem de chegar. Em vez disso, “Blindness” deixa-nos um pouco à deriva e depois tenta segurar-nos às suas conclusões com a dispensável narração de Danny Glover.

ALIGN=JUSTIFY>Esta não é a humanidade que queremos, mas é uma humanidade que existe por aí, longe dos nossos olhos, ou então perto e mantemo-los fechados. A cegueira é a prisão na qual nos deixamos colocar sem perguntas, onde nos dizem o que pensar e o que fazer.

ALIGN=JUSTIFY>“Blindness” tem início com a agitação do quotidiano actual, trânsito, multidões, barulho, actividade. Somos nós, hoje, activos. Mas isso não quer dizer que estejamos a fazer qualquer coisa. Andamos a correr de um lado para o outro, mas isso não quer dizer que estejamos a viver.


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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“I don't think we went blind; I think we always were...”
DANNY GLOVER (homem com a pala no olho)


ALIGN=JUSTIFY>“The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see.”
JULIANNE MOORE (mulher do médico)












Festa de Cinema Periférico

18.11.08, Rita


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ALIGN=JUSTIFY>De 20 a 23 de Novembro tem lugar no Cinema São Jorge a Festa de Cinema Periférico, uma iniciativa da Periferia Filmes que pretende homenagear o cinema independente e a sua relação próxima com a música. Por isso, a par dos filmes, a maioria deles em estreia, todos os dias haverá um concerto especial.


ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909>OS FILMES


COLOR=#AAAAAA>20 Nov., quinta-feira


17h30 | The Tile-Jail, Toilet-Tale, de João Rodrigues e Soetkin Verstein (5'); Corrente, de Rodrigo Areias (16'); Ciel Éteint, de F. J. Ossang (23'); Mãe Há Só Uma, de João Canijo (20')

19h15 | Arquitectura de Peso de Edgar Pêra (24'); Masquerade de Rodrigo Areias (24'); Life ain't Enough For You de Paulo Furtado (3'); Homens Que São Como Lugares Mal Situados de João Trabulo (21'); Nine Roses for Aisha de Okttober Last (13')

21h30 | Sombras, Um Filme Sonâmbulo de João Trabulo (85')


COLOR=#AAAAAA>21 Nov, sexta-feira


17h30 | Arquitectura de Peso de Edgar Pêra (24'); Masquerade de Rodrigo Areias (24'); Life ain't Enough For You de Paulo Furtado (3'); Homens Que São Como Lugares Mal Situados de João Trabulo (21'); Nine Roses for Aisha de Okttober Last (13')

19h15 | The Tile-Jail, Toilet-Tale de João Rodrigues e Soetkin Verstein (5'); Corrente de Rodrigo Areias (16'); Ciel Éteint de F. J. Ossang (23'); Mãe Há Só Uma de João Canijo (20')

21h30 | Tebas de Rodrigo Areias (75')


COLOR=#AAAAAA>22 Nov., sábado


17h30 | Arquitectura de Peso de Edgar Pêra (24'); Masquerade de Rodrigo Areias (24'); Life ain't Enough For You de Paulo Furtado (3'); Homens Que São Como Lugares Mal Situados de João Trabulo (21'); Nine Roses for Aisha de Okttober Last (13')

19h15 | Sombras, Um Filme Sonâmbulo de João Trabulo (85')

21h30 | The Tile-Jail, Toilet-Tale de João Rodrigues e Soetkin Verstein (5'); Corrente de Rodrigo Areias (16'); Ciel Éteint de F. J. Ossang (23'); Mãe Há Só Uma de João Canijo (20')


COLOR=#AAAAAA>23 Nov., domingo


17h30 | Sombras, Um Filme Sonâmbulo de João Trabulo (85')

21h30 |15ª Pedra de Rita Azevedo Gomes (121')


COLOR=#E90909>OS CONCERTOS


COLOR=#AAAAAA>20 Nov., quinta-feira


23h00 | Adolfo Luxúria Canibal + António Rafael "ESTILHAÇOS"
SIZE=1>espectáculo de spoken word “Estilhaços”



COLOR=#AAAAAA>21 Nov, sexta-feira


23h00 | The Legendary Tiger Man
SIZE=1>banda sonora do filme Tebas



COLOR=#AAAAAA>22 Nov., sábado


23h00 | Sean Riley & The Slowriders
SIZE=1>banda sonora do filme Corrente



COLOR=#AAAAAA>23 Nov., domingo


19h30 | Kubik
SIZE=1>cine-concerto musicando a obra de cinema mudo A Felicidade (Schastyé, 1934) do russo Aleksandr Medvedkine



Sessões de cinema: 2,50 €
Concertos: 5,00 €


























































Entre Les Murs ****1/2

17.11.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Laurent Cantet. Elenco: François Bégaudeau, Nassim Amrabt, Franck Keita, Rachel Regulier, Esmeralda Ouertani, Wei Huang, Laura Baquela, Juliette Demaille, Rachedi Cherif Bounaïdja, Dalla Doucouré, Arthur Fogel, Damien Gomes, Louise Grinberg. Nacionalidade: França, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>“Entre Les Murs”, vencedor da Palma de Ouro em Cannes este ano, é um olhar cru e angustiante sobre os parâmetros de educação e disciplina, sobre a pedagogia e a desresponsabilização, a dificuldade de revestir a figura do professor das doses adequadas de autoridade e companheirismo que lhe permitam, por um lado, educar e impor limites, e, por outro, compreender e inspirar jovens em formação. Se se ficcionasse uma sequela para “Être et Avoir” talvez fosse esta.

ALIGN=JUSTIFY>Em conjunto com o realizador Laurent Cantet e Robin Campillo, responsável pela montagem, François Bégaudeau adaptou para o cinema o seu livro auto-biográfico. Assumindo a intimidade com este projecto colocou-se também em frente à câmara interpretando uma versão de si próprio. “Entre Les Murs” acompanha um professor de francês do 8º ano e os seus alunos durante um ano escolar num liceu em Paris, onde a multiculturalidade, apesar de quotidiana, consegue ainda criar alguns incómodos.

ALIGN=JUSTIFY>A câmara (ou melhor, as diversas câmaras) exclui deliberadamente a vida fora da escola, ainda que possamos vislumbrar, através das reuniões com os pais, por exemplo, alguma dessa outra realidade que molda e condiciona os alunos. São poucas as vezes que saímos da sala, e, quando o fazemos, é numa visão panorâmica do recreio e que se assemelha assustadoramente aos pátios de uma prisão, onde os detidos são autorizados a umas horas de passeio ou um jogo de futebol por dia.

ALIGN=JUSTIFY>A sala é um microcosmos de interacções humanas, um ecossistema onde a presa e os predadores está claramente identificados. Os limites são estados até ao ponto de ruptura. O professor tenta combater o aborrecimento e o desinteresse de alguns alunos estimulando as aptidões que eles nem sequer sabem que têm. Mas longe de ser um poço de virtudes, e apesar de algumas acções pedagógicas arrojadas (a par da interrogação socrática), este professor também comete equívocos, aos quais os alunos prontamente lhe chamam a atenção.

ALIGN=JUSTIFY>A adolescência é uma tempestade que quer levar tudo à frente. Na definição da identidade, formam-se grupos aos quais se quer pertencer ou dos quais se quer afastar. A saída da infância é marcada pela oposição ao adulto, anteriormente um aliado e agora um inimigo. A escola é a grande incubadora dessa definição, porque é a ela que se reduz o mundo do adolescente. E aquilo que para uns são desafios e oportunidades para outros são regras e obrigações sem sentido.

ALIGN=JUSTIFY>O elenco de “Entre Les Murs”, cujo casting se baseou em workshops em escolas, é de uma naturalidade surpreendente. Dos bem comportados, como o emigrante asiático Wei (Wei Huang) aos problemáticos, como a respondona Esmeralda (Esmeralda Ouertani), a temperamental Khoumba (Rachel Regulier), e o rebelde Souleymane (Franck Keita), indiferente às tentativas para melhorar o seu comportamento ou hábitos de estudo, são notórias as diferenças que, quer a nível intelectual quer a nível de objectivos, têm de ser geridas numa mesma sala de aula. Cada um deles usa as suas origens culturais como escudo social, mas a sua multidimensionalidade evita qualquer caricatura.

ALIGN=JUSTIFY>A colocação das câmaras permite uma captação quase documental dos rápidos diálogos, que são de uma credibilidade assombrosa. As conversas cruzam-se e sobrepõe-se, com a vivacidade e o ruído característicos do ambiente escolar. No cenário limitado da sala, existe uma encenação cuidada e um acumular de emoções, que quase sem notarmos, nos conduzem ao clímax final.

ALIGN=JUSTIFY>Quanto a Bégaudeau, é impossível não criarmos empatia por ele, com a sua figura de autoridade cheia de falhas, a sua confiança, mas também a sua sensibilidade e o seu empenho. Nesta dramatização de situações que ele eventualmente terá experienciado, Bégaudeau é irrepreensível na sua “interpretação”. Das duas uma: ou está de facto a reviver todas as situações/emoções originais ou então não fica atrás de qualquer outro actor profissional.

ALIGN=JUSTIFY>A semelhança dos anteriores filmes de Laurent Cantet (“Ressources Humaines”, “L’Emploi du Temps”, “Vers Le Sud”), este explora também as relações que se baseiam no poder e vive dos confrontos a si inerentes. Das entediantes reuniões com os pais à tensão de uma acção disciplinar. Numa dança de imposição e desafio à autoridade através insultos e recusas, do humor irónico à exasperação, este é um filme de pequenos trunfos e inumeráveis frustrações.


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Coraline e Alice

16.11.08, Rita


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ALIGN=JUSTIFY>Em 2009, Henry Selick, o criador de “The Nightmare Before Christmas” regressa ao grande ecrã com a adaptação do best-seller de Neil Gaiman “Coraline”.

ALIGN=JUSTIFY>Aborrecida da sua nova casa, Caroline (voz de Dakota Fanning) descobre uma porta secreta do outro da qual ela encontra uma versão alternativa da sua vida, mas onde tudo é muito mais perfeito.

ALIGN=JUSTIFY>Promete ser mais uma maravilha da ‘stop motion’ 3D. Estreia em Fevereiro de 2009 nos Estados Unidos.

ALIGN=CENTER>SIZE=1 COLOR=#BBBBBB>(espreitem o teaser)






ALIGN=JUSTIFY>Enquanto isso, Tim Burton prossegue nas filmagens de “Alice in Wonderland”. Uma versão em CGI do clássico de Lewis Carrol, protagonizado por Mia Wasikowska, a jovem actriz australiana que descobri este Verão na belíssima série de televisão ‘In Treatment’.

ALIGN=JUSTIFY>Outros nomes associados ao projecto incluem os habituais Johnny Depp e Helena Bonham Carter e, mais recentemente, surgiram rumores mencionando Christopher Lee e Alan Rickman.

ALIGN=JUSTIFY>Acalmem-se os impacientes, que este só chega em 2010.


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IndieLisboa 2009 (e ainda o 2008)

15.11.08, Rita


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ALIGN=JUSTIFY>Já se encontram abertas as inscrições para a 6ª edição do Festival Internacional de Cinema Independente, que terá lugar de 23 de Abril a 3 de Maio do próximo ano (quem esteja a pensar marcar férias fica já com a indicação).


ALIGN=JUSTIFY>Entretanto, o IndieLisboa 2008 dá continuidade aos seus ciclos. Desta vez o local é a Universidade de Lisboa. Entre curtas e longas-metragens, destaco o filme INTROSPECTIVE de Aram Garriga.


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ALIGN=JUSTIFY>A entrada é livre e esta é a programação.












Robert McKee

13.11.08, Rita


ALIGN=CENTER>COLOR=#AAAAAA>“Writers are not people with answers, writers are people with questions.”



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ALIGN=JUSTIFY>Este final de tarde na FNAC do Chiado. Uma inspiração.


ALIGN=JUSTIFY>Durante os próximos três dias terá lugar na Escola Superior de Comunicação Social o Seminário de Robert McKee, um especialista de renome mundial na área do guinonismo e autor da “bíblia” STORY.









Cartouches Gauloises **1/2

10.11.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Mehdi Charef. Elenco: Ali Hamada, Thomas Millet, Julien Amate, Tolga Cayir, Mohammed Medjahri, Sabrina Senoussi, Nassim Meziane. Nacionalidade: França, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>É o último Verão da Guerra da Argélia. 1962. O mundo de Ali (Ali Hamada) e do seu melhor amigo Nico (Thomas Millet) ameaça mudar rápida e radicalmente. À medida que a França vai abandonando o país, multiplicam-se os actos de violência. E o grupo de amigos, que inclui ainda o judeu David (Julien Amate) e o italiano Gino (Tolga Cayir) vê-se separado pelos acontecimentos.

ALIGN=JUSTIFY>Se “Cartouches Gauloises” é marcado pela delicadeza e pela sinceridade é porque se trata de uma obra auto-biográfica. Através do olhar inocente mas não ingénuo de uma criança, Mehdi Charef (autor do segmento ‘Tanza’ do filme “All The Invisible Children”) mostra-nos uma versão parcial – porque apenas parte e porque tendenciosa.

ALIGN=JUSTIFY>Infelizmente, nestas recordações todas as personagens se tornam clichés, o soldado francês, a prostituta, o chefe da estação de comboios. Apenas Ali, numa interpretação de extrema naturalidade por parte de Hamada, parece ter densidade. Como vendedor de jornais Ali é ao mesmo tempo mensageiro e testemunha de tudo o que ocorre ao seu redor. A sua pureza impede-o de julgar, e o olhar de Mehdi Charef é o de quem ainda não compreendeu inteiramente muitos daqueles acontecimentos. Talvez porque o Homem, no limite, não pode ser desculpado.

ALIGN=JUSTIFY>O ritmo de “Cartouches Gauloises” é lento e, apesar da boa fotografia, parece andar um pouco à deriva. Tal como um país que tenta equilibrar-se pelos seus próprios pés, ao ser abandonado por uma mãe que nem sequer o tratou bem: algum alívio, muito receio e suficiente esperança.

ALIGN=JUSTIFY>Se assistimos aqui à formação de uma consciência nacional em pequenos cidadãos somos também confrontados com a mais clara das evidências na metáfora de um país (mundo?) que é a cabana construída por aquele grupo de amigos, indiferentes às suas “diferenças”.


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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Cette cabane est aussi à moi, je l’ai construite aussi!”
THOMAS MILLET (Nico)












Bond psicadélico

09.11.08, Rita


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