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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

The Dead Girl ****

29.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Karen Moncrieff. Elenco: Josh Brolin, Rose Byrne, Toni Collette, Bruce Davison, James Franco, Marcia Gay Harden, Mary Beth Hurt, Piper Laurie, Brittany Murphy, Giovanni Ribisi, Nick Searcy, Mary Steenburgen. Kerry Washington. Nacionalidade: EUA, 2006.


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ALIGN=JUSTIFY>“The Dead Girl” é um filme negro e cheio de raiva focado na violência sobre as mulheres e nas suas consequências cíclicas. Marcado desde o início pela imagem nua, sangrada e brutal de um corpo, da qual uma onda de tristeza se alastra em diversas direcções. Em vez de uma investigação policial, a realizadora e argumentista Karen Moncrieff (“Blue Car”, 2002) analisa as consequências sobre a vida de quatro mulheres, numa estrutura episódica impregnada de significado.

ALIGN=JUSTIFY>Todas estas mulheres se encontram isoladas, de alguma forma, do mundo que a rodeia, em virtude de várias formas de violência. Apesar da ligação clara entre elas, Moncrieff mantém-nas isoladas na suas histórias particulares. Cada um dos cinco episódios recebe o seu título da mulher que constitui o seu ponto de vista, mas são, todos eles, impessoais. THE STRANGER acompanha Arden (Toni Collette), que encontra o corpo da rapariga morta, e a sua agressiva mãe (Piper Laurie). THE SISTER, Leah (Rose Byrne), uma jovem estudante de medicina forense encarregue de analisar o corpo da vítima e irmã desapareceu há mais de 15 anos. THE WIFE, Ruth (Mary Beth Hurt), a negligenciada esposa de um homem egoísta e insensível. THE MOTHER, Melora (Marcia Gay Harden), a desesperada mãe da rapariga morta. E, finalmente, a própria THE DEAD GIRL, Krista (Brittany Murphy).

ALIGN=JUSTIFY>No meio da tragédia destas vidas, Moncrieff consegue, com grande sensibilidade, encontrar-lhes beleza e significado. Michael Grady filma sobretudo em interiores, fazendo um uso expressivo e doloroso dos grandes planos. Mas Moncrieff consegue em breves momentos libertar-nos dos ambientes opressivos, para que possamos respirar antes de voltarmos a mergulhar com as personagens no seu desespero e desesperança.

ALIGN=JUSTIFY>Aos fortes diálogos e ao bom ritmo da montagem, junta-se um conjunto de fortes interpretações, que deixam, no final, a curiosidade de ver algumas destas histórias exploradas em maior detalhe. Entre a histeria e a calma sepulcral, entre a amoralidade e o remorso, “The Dead Girl” é um filme perturbantemente duro.








Shrek The Third ***

28.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Chris Miller e Raman Hui. Vozes V.O.: Mike Myers (Shrek), Eddie Murphy (Donkey), Cameron Diaz (Princesa Fiona), Antonio Banderas (Puss in Boots), Julie Andrews (Rainha Lilian), John Cleese (Rei Harold), Rupert Everett (Princípe Charming), Eric Idle (Merlin), Justin Tiberlake (Artie), Susan Blakeslee (Rainha Má), Condy Cameron (Pinocchio/Three Pigs/Ogre Baby/Bohort), Larry King (Doris), Ian McShane (Captain Hook). Nacionalidade: EUA, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>Na terceira viagem ao mundo de Far Far Away, encontramos o Rei Harold (John Cleese) no seu leito de morte, informando Shrek (Mike Meyers) que ele é o herdeiro ao trono. Recusando assumir uma tarefa que o assusta, Shrek consegue ainda saber que a única outra pessoa que poderia reclamar legitimamente o trono seria um jovem de seu nome Arthur (Justin Timberlake). Muito a contragosto da Princesa Fiona (Cameron Diaz), que acaba de saber que está grávida, Shrek parte, com Donkey (Eddie Murphy) e Puss in Boots (Antonio Banderas), em busca de Arthur.

ALIGN=JUSTIFY>Entretanto, o Príncipe Charming (Rupert Everett), reduzido a fazer cafés-concerto, jura perante a foto da sua mãe vingar-se de Shrek e Fiona e reclamar para si o trono de Far Far Away. O seu plano inclui aliar a si um grupo de vilões de contos de fada (a Bruxa Má e o Capitão Gancho, entre outros), desejosos também eles do seu próprio “e viveram felizes para sempre”.

ALIGN=JUSTIFY>Sem a ajuda de Shrek, Fiona e a Rainha Lilian (Julie Andrews) juntam um grupo de donzelas, onde se inclui Rapunzel (Maya Rudolph), Branca de Neve (Amy Poehler), Cinderela (Amy Sedaris) e uma narcoléptica Bela Adormecida (Cheri Oteri) para defenderem o castelo.

ALIGN=JUSTIFY>“Shrek The Third” é inferior que os seus antecessores sobretudo a nível do texto. O humor é mais fácil e, em demasiadas ocasiões, previsível. A banda sonora está longe de ser brilhantemente adaptada às situações, e nenhuma das novas personagens é tão encantadora como o Puss in Boots (Antonio Banderas) de “Shrek 2”. Ainda assim, “Shrek The Third” funciona. Primeiramente, porque tem o cuidado de fazer evoluir as suas personagens principais; depois, porque as novas personagens secundárias conseguem, em termos globais, cativar-nos pelas suas idiossincrasias. Aqui está compreendida a integração de mais um ex-Monty Python, Eric Idle, na voz de Merlin e com inegáveis parecenças físicas.

ALIGN=JUSTIFY>A sátira à cultura actual não é tão acutilante como anteriormente, mas a visita a este “anti-conto-de-fadas” continua a ser um prazer para os sentidos. Porque às vezes não precisamos de desculpas elaboradas para rir.

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#BBBBBB>P.S.- Não vale a pena ficaram na sala após a primeira parte do genérico, desta feita não há surpresas.








The Banquet **

27.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>T.O.: Ye Yan. Realização: Feng Xiaogang. Elenco: Zhang Ziyi, Daniel Wu, Zhou Xun, Ge You, Ma Jingwu, Huang Xiaoming. Nacionalidade: China, 2006.


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ALIGN=JUSTIFY>O cinema asiático está a esgotar a fórmula mágica dos efeitos visuais luxuriantes aplicados a histórias trágicas com amor à mistura (ou trágicas porque com amor). Sem o efeito novidade de “Crouching Tiger, Hidden Dragon” nem a poesia de “Hero” ou a bela narrativa de “House of Flying Daggers”, “Curse of the Golden Flower” anunciava já um decréscimo na qualidade global daquilo que começa a ser uma clara tipologia. Infelizmente, “The Banquet” continua essa senda, apesar de repetir alguma da equipa técnica dos primeiros dois filmes.

ALIGN=JUSTIFY>Numa livre interpretação de Hamlet, transposta para a Dinastia Tang na China do Século X, no instável período das Cinco Dinastias e Dez Reinos, um Imperador é assassinado pelo seu próprio irmão, Li (You Ge), que usurpa o trono, bem como a sua jovem e viúva cunhada, a Imperatriz Wan (Zhang Ziyi), e manda matar o seu sobrinho (e enteado da Imperatriz), o príncipe Wu Luan (Daniel Wu), legítimo herdeiro do trono e um melancólico actor que vive longe de casa. Decidido a obter justiça, o príncipe Wu Luan regressa à corte, onde o espera a sua prometida Qing (Xun Zhou), filha do Ministro Yin (Jingwu Ma), e irmã do impulsivo General Yin (Xiaoming Huang).

ALIGN=JUSTIFY>“The Banquet” está marcado pela força do destino, mas não precisaria ser tão previsível. Nem o intrigante final consegue salvar este filme de um tédio instaurado por um dramatismo que não consegue, em nenhum momento, cativar as nossas emoções. As personagens são motivadas pelo desejo, mas tirando a intensidade erótica de Zhang Ziyi, o abismo a que o seu instinto de sobrevivência a conduz nunca nos surge como verdadeiramente assustador (e ficamos a pensar no que uma Gong Li teria feito).

ALIGN=JUSTIFY>Com um design de produção, um guarda-roupa e uma coreografia de excepção, “The Banquet” está filmado com um extremo bom gosto, fazendo uso das cores na dicotomia entre o bem e mal e sintetizando a essência da filosofia oriental nas texturas dos cinco elementos: madeira - metal - água - fogo - ar.

ALIGN=JUSTIFY>Um filme sobre a loucura da vingança e as emoções desmedidas precisaria ser bem mais do que um melodrama telenovelesco colmatado por uma enjoativa música a la Céline Dion.








Le Temps Qui Reste ***1/2

26.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: François Ozon. Elenco: Melvil Poupaud, Jeanne Moreau, Valeria Bruni Tedeschi, Daniel Duval, Marie Rivière, Christian Sengewald, Louise-Anne Hippeau, Henri de Lorme, Ugo Soussan Trabelsi. Nacionalidade: França, 2005.


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ALIGN=JUSTIFY> Como aproveitar o tempo que nos resta? Refazendo os laços e desatando os nós. Sentindo o sol na pele e um gelado nos lábios. Amando.








Pretty In The Face ***

24.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Nate Meyer. Elenco: Meagan Moses, David Reynolds, Theresa Dyer, Nathan Amadon. Nacionalidade: EUA, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>Maggie (Meagan Moses) é uma jovem de 26 anos que acabou de se mudar para casa do namorado, Ethan (Nathan Amadon), treinador de futebol e baterista. A sua normalidade, e os seus tabus, fazem-na recear tornar-se aborrecida para o seu namorado. Quando este a trai com a nova vocalista da banda, Maggie vê o seu frágil mundo desmoronar-se. Simultaneamente, Daniel (David Reynolds), o sobrinho de 14 anos de Ethan, tem uma conflituosa relação com a mãe, Kathy (Theresa Dyer). O excesso de peso desta é uma forte fonte de vergonha para Daniel, e um caos adicional para a sua crise adolescência e descoberta sexual.

ALIGN=JUSTIFY>Uma sucessão de acontecimentos leva Maggie e Daniel a aproximarem-se. O corpo está no centro das inseguranças de ambos, que se recusam a deixar os seus sentimentos, inseguranças e vulnerabilidades à vista de todos. O ressentimento que projectam à sua volta acaba por ser o elo de ligação de uma improvável empatia.

ALIGN=JUSTIFY>Meyer trabalha as personagens com atenção, dando-lhes consistência no meio de humanas contradições. Um drama intimista, onde um dos conceitos de êxito prevalecentes na nossa sociedade – o da conquista sexual – é dolorosamente posto em causa.


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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Success with women... What does that mean? Why can’t it be success to be only with one?”
MEAGAN MOSES (Maggie)












Approaching Union Square ***

21.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Marc Meyers. Elenco: Katie Kreisler, Darren Pettie, Jennifer Miranda Holmes, Bobby Pataki, Victoria Haas, Brent Crawford, Peter McCain, Christine Elise, Beth Manspeizer, Michael Goldstrom. Nacionalidade: EUA, 2006.


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ALIGN=JUSTIFY>“Approaching Union Square” é a adaptação do realizador Marc Meyers da sua peça de teatro "Love & Sex: Tales From the Trenches". Construída à base de monólogos retrata diversas facetas da angústia urbana, através de onze passageiros de um mesmo autocarro em Nova Iorque.

ALIGN=JUSTIFY>O filme começa com Dyanne (Katie Kreisler) numa sessão de terapia tentando lidar com o que ela acha serem poderes psíquicos que a avisam de grandes tragédias. Depois da consulta, Dyanne entra num autocarro, onde se encontra uma dezena de passageiros. A câmara digital de Meyers vai espreitando um pormenor da vida de cada uma destas pessoas, contrastando a viagem colectiva com a confissão individual.

ALIGN=JUSTIFY>Entre eles, encontra-se Nathan (Darren Pettie), um homem viciado em sexo que assiste à sua primeira sessão de terapia de grupo. Stefani (Jennifer Miranda Holmes) conta ao seu grupo de amigas como conheceu o seu mais recente namorado. Brad (Brent Crawford) debate-se com o dilema de ir ver uma ex-namorada que se encontra hospitalizada em resultado de um cancro. Leonard (Michael Goldstrom) tenta terminar a sua actual relação amorosa. Silvio (Bobby Pataki) é um actor pouco conhecido que aproveita uma entrevista para demonstrar a sua falta de humildade. Adrianna (Christine Elise) conta à sua companheira de apartamento sobre um homem que quase conheceu. Heidi (Victoria Haas) decide terminar uma relação adúltera. Patricia Randell interpreta uma mulher que, fechada num estranho sonho, tenta perceber o que falhou na relação com os seus pais.

ALIGN=JUSTIFY>A solidão é a nota marcante em todas estas histórias. Um isolamento que se sente ser provocado pela própria cidade. Como crianças, todos tentam aprender a estabelecer ligações com os que os rodeiam, num mundo onde a comunicação (e o amor como a sua forma mais extrema) e a alienação convivem num estranho paradoxo.

ALIGN=JUSTIFY>Numa estrutura que lembra a de “Night on Earth” de Jim Jarmusch, Meyers mostra os mundos que se escondem atrás dos desconhecidos com que todos os dias nos cruzamos, com as suas tragédias e os seus amores, tão diferente e tão semelhantes aos nossos.

ALIGN=JUSTIFY>Uma nota para a banda sonora, que inclui, entre outros, Rachael Yamagata, Slow Runner, Goat, Eddie Tadross, Eliane Amherd, Stiffed e Preacher Boy, muitos deles descobertos por Meyers numa pesquisa de artistas nova iorquinos feita no myspace.com.








Lojas

20.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Não desfazendo nas restantes lojas da especialidade, como é o caso da CineCittá e da Cinemascope, até porque foi desta que veio a minha claquete, vejo-me “obrigada” (por via dos meus instintos salivares) a divulgar a abertura da Vertigo Store, no Porto.

ALIGN=JUSTIFY>Assim, de repente, quero estas:


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ALIGN=JUSTIFY>Ah, mas esperem, também quero isto!
... e isto!
SRC=http://appdata.vertigo-store.com/artigos/pics/1009.jpg HSPACE=20>SRC=http://appdata.vertigo-store.com/artigos/pics/1028.jpg HSPACE=20>










The Lovebirds *

19.06.07, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Bruno de Almeida. Elenco: Michael Imperioli, John Ventimiglia, Joaquim de Almeida, Drena De Niro, Nick Sandow, Rogério Samora, Ana Padrão, Marcello Urgeghe, Dmitry Bogomolov, Cleia Almeida, John Frey, Fernando Lopes. Nacionalidade: EUA / Portugal, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>Foi com “The Lovebirds” de Bruno de Almeida, que o Lisbon Village Festival deu início, a noite passada, ao festival de cinema digital. No meio de tanto show off de estrelas, onde se incluía o produtor Joe Berardo (que teve direito a um cameo), o filme foi apenas mais um.

ALIGN=JUSTIFY>A opção pelo digital deveria obedecer a duas premissas: (1) fazer sentido, (2) e ser feita com sentido. E se aqui o sentido foi responder com rapidez e poucos custos à encomenda realizada pelo Lisbon Village Festival, isso não veio beneficiar em nada nem a obra nem Lisboa, que parece ser a única motivação das histórias relatadas. Por trás delas não existe qualquer necessidade, e tirando alguns interessantes pedaços de diálogo, as narrativas são demasiado fracas para se sustentarem individualmente. Mesmo as tiradas espirituosas se perdem num som mal trabalhado que chega, nas cenas corais, a ser ensurdecedor. O manuseamento da câmara, que poderia incutir um certo tom de realismo, torna-se perturbantemente cansativo, enquanto os planos estáticos – os mais estéticos – estão tão isentos de vida que Lisboa não se reconhece a si mesma.

ALIGN=JUSTIFY>Tendo em conta o fraco argumento que sustém estas personagens, os actores fizeram o melhor que podiam, e de facto o cabeça de elenco Michael Imperioli (“The Sopranos”) é o que melhor se aguenta, a par de Rogério Samora numa deliciosa contracena com o realizador Fernando Lopes (a quem Bruno de Almeida dedicou o filme no final). Ana Padrão esforçou o seu mau sotaque inglês, mas é muito difícil achá-la credível numa típica mulher de Alfama. Quanto a Joaquim de Almeida e à sua assustadora dicção, sugiro umas legendas bilingues. E – porque também como espectadora detesto que me tomem por tonta – que tal deixar o subtexto no seu lugar em vez de o trazer para a boca das personagens, em discursos explicativos e inverosímeis?

ALIGN=JUSTIFY>Não sei se o facto de viver em Nova Iorque tornou o olhar de Bruno de Almeida sobre Lisboa menos emocional. Infelizmente, esta cidade, para ser entendida e expressada, exige uma abordagem feita desde esse lugar íntimo. Só espero que ninguém se deixe enganar: Lisboa é muito mais (e muito mais bela) do que “The Lovebirds”.








O Estado do Mundo

18.06.07, Rita


"Luminous People" de Apichatpong Weerasethakul (Tailândia), "Germano" de Vicente Ferraz (Brasil), "One Way" de Ayisha Abraham (Índia), "Brutality Factory" de Wang Bing (China), "Tarrafal" de Pedro Costa (Portugal), e "Tombée de Nuit sur Shangaï - Avril 2007" de Chantal Akerman (França).


“O Estado do Mundo” é um filme feito de olhares sobre seis particulares realidades actuais. Uma tentativa de síntese, que, pela diferença dos resultados (o destaque vai para as obras brasileira e indiana), acaba por ser inconsistente, frustrante e mesmo inconsequente.



Se quiserem realmente saber o que se passa no mundo, aconselho a visita à exposição O CORPO HUMANO - COMO NUNCA O VIU, a decorrer no Palácio dos Condes do Restelo até Setembro, e o livro ‘O FIM DA POBREZA’ do economista americano Jeffrey Sachs.


Entre o micro e o macro são, respectivamente, a experiência mais didáctica e a leitura mais importante dos tempos que correm.






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