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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

Hola Lisboa

04.12.06, Rita






Na próxima quinta-feira, dia 7, tem início o 1º Festival de Cinema Ibérico. Até 17 de Dezembro, o cinema São Jorge vai receber 24 obras em competição, nas categorias de longa-metragem, documentário e curta-metragem. Fora da competição, o festival irá abrir com o ansiado filme “Babel” do realizador mexicano Alejandro González Iñarritu (“Amores Perros”, “21 Grams”). Deste festival faz também parte o prémio Galo D’Ouro (uma escultura da autoria do artista português Carlos Amado) para melhor Escola Ibérica.


São estes os filmes a concurso:



LONGAS-METRAGENS

"Salvador" de Manuel Huerga (Espanha, 2006)
"90 Millas" de Francisco Rodriguéz Gordillo (Espanha, 2005)
"El Método" de Marcelo Piñeyro (Espanha, 2005) - FILME JÁ VISTO PELO CINERAMA
"Los Nombres de Alicia" de Pilar Ruiz Gutiérrez (Espanha, 2005)
"Animales Heridos" de Ventura Pons (Espanha, 2006)
"Pele" de Fernando Vendrell (Portugal, 2006)
"Sud Express" de Chema de la Peña e Gabriel Velázquez (Espanha / Portugal, 2005)


DOCUMENTÁRIOS

"AguaViva" de Ariadna Pujol (Espanha, 2005)
"Romanipen Identidad Gitana" de Kike del Omo e Ima Garmendia (Espanha, 2006)
"Diários da Bósnia" de Joaquim Sapinho (Portugal, 2005)
"Documento Boxe" de Miguel Clara Vasconcelos (Portugal, 2005)
"Ensaio Sobre o Teatro" de Rui Simões (Portugal, 2006)
"Oxalá Cresçam Pitangas" de Ondjaki e Kiluanje Liberdade (Portugal, 2006)
"Movimentos Perpétuos - Tributo a Carlos Paredes" de Edgar Pêra (Portugal, 2006)
"Bajo Una Misma Bandera" de Cinta Jiménez e Pablo Salvatierra (Espanha, 2006)
"13 entre Mil" de Iñaki Arteta (Espanha, 2005)


CURTAS-METRAGENS

"Carne de Neón" de Paco Cabezas (Espanha, 2005)
"DVD" de Ciro Altabás (Espanha, 2005)
"Zapatos Limpios" de Oriol Puig (Espanha, 2006)
"El Canto del Grillo" de Danny Campos (Espanha, 2006)
"Corrientes Circulares" de Mikel Alvariño (Espanha, 2005)
"3 Caminheiros" de João Guerra (Portugal, 2006)
"Anonymous" de Feng Shui Films (Espanha, 2006)
"El amor a las cuatro de la tarde" de Sebastián Alfie (Espanha / Argentina, 2006)



Programação e detalhes aqui .


Juventude em Marcha **1/2

03.12.06, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Pedro Costa. Elenco: Alberto 'Lento' Barros, Cila Cardoso, Isabel Cardoso, Vanda Duarte, Beatriz Duarte, Gustavo Sumpta. Nacionalidade: França / Portugal / Suiça, 2006.


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ALIGN=JUSTIFY>“Juventude em Marcha” é o regresso de Pedro Costa à comunidade cabo-verdiana do bairro das Fontainhas (Amadora), depois de “Ossos” (1997) e “No Quarto da Vanda” (2000), um mais ficcional outro mais documental. É mais no sentido deste último que Pedro Costa observa as suas personagens, à medida que a sua vida muda após a demolição do bairro e das casas novas no bairro social. Ventura, um emigrante cabo-verdiano e o fio condutor deste filme, passeia-se pelos bairros e pelos filhos (verdadeiros ou falsos), escutando as suas histórias de pequenas lutas diárias, que são apenas as partas da grande luta que é a vida. Em tom de oração, uma carta é repetida, para que Lento, um destes “filhos”, possa decorá-la - à falta de caneta - e enviá-la à sua mulher.

ALIGN=JUSTIFY>Pedro Costa envolve-se emocionalmente nesta dura realidade social, e é fácil perceber que o seu empenho vai bem para lá do profissional. A recompensa é podermos entrar no mundo deles, como se dele fizéssemos parte. Pedro Costa filma quase tudo em tempo real, em cenas exaustivamente ensaiadas, e com textos visivelmente estudados por actores amadores que são ao mesmo tempo as personagens que desempenham. Mas infelizmente, a dedicação de Pedro Costa aos seus actores/personagens e às suas histórias não é contagiosa. Não sei dizer se isso se deve ao facto de eu não ter visto os outros filmes dele, mas confesso que rapidamente me cansei delas. Nem sequer exigia que elas tivessem um rumo, que isso visivelmente não foi factor de preocupação, mas esperava que pelo menos neste (longo) momento em foram captadas tivessem mais coisas para contar.

ALIGN=JUSTIFY>O belo trabalho de imagem de Pedro Costa e Leonardo Simões, com uma luminosidade surpreendente, colocam este filme numa categoria de obra estética que poderia muito bem funcionar num meio fotográfico, mas que em cinema se alonga demasiado. Numa exposição, o espectador dedica a cada imagem o tempo que deseja, no cinema esse tempo é definido pela realização e pela montagem. Para a minha velocidade de entendimento da atmosfera destas pessoas, bastaria menos, muito menos tempo. A isto adiciona-se o facto da ligação temporal entre os diversos quadros (porque é isso mesmo que parecem), baralhados temporalmente, não é evidente nem clara, exigindo uma atenção e uma paciência que, nem sempre resiste. E isto que eu nem me considero uma espectadora particularmente inquieta e ansiosa.

ALIGN=JUSTIFY>Para mim “Juventude em Marcha” é como um poema que tentamos entender, mas não entendemos. Colocamo-lo de lado para um dia em que o discernimento seja mais apurado. E se, para tal, conseguirmos reservar uma boa quantidade de tempo.








O que Sócrates diria a Woody Allen

01.12.06, Rita


Porque andava ansiosa com este nome na minha lista e porque não tinha ainda na minha estante nenhum Prémio Espasa Ensayo (neste caso 2003) ofereci a mim mesma “O que Sócrates diria a Woody Allen”, de Juan Antonio Rivera.


Porque eu mereço!!!





“O que Sócrates diria a Woody Allen” é um livro que relaciona de um modo muito sugestivo questões que afectam profundamente as pessoas no seu dia a dia (o amor, a felicidade, o destino, a vontade, o desespero, a morte, etc.), e pensadas por filósofos como Sócrates, Platão, Kant, Nietsche, com grandes clássicos do cinema que as explicam (deste Citizan Kane e Casablanca até Hannah e as suas Irmãs, Matrix e Desafio Total, por exemplo). É uma obra que interessa ao público que gosta de cinema e a todos os que se preocupam com aquelas questões existenciais. O original espanhol ganhou um importante prémio e foi um best-seller em Espanha com sucessivas edições.

retirado do site da loja multinacional onde comprei o livro




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