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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

O Melhor de Bridget Jones: Jamie Cullum

28.07.05, Rita




Quem tenha visto o filme “Bridget Jones: The Edge of Reason” (Beeban Kidron, 2004), para seduzir a mais recente namorada ou simplesmente para não pensar muito, ter-se-á inevitavelmente deparado com a voz de Jamie Cullum no tema “Everlasting Love”.


Este “twentysomething” inglês apresentou ontem o seu álbum do mesmo nome na Cidadela de Cascais, no âmbito do Cool Jazz Fest, num espectáculo pleno de paixão, técnica, humor e simpatia.


Sem perceber exactamente se isto é “cool jazz” (e com grandes dúvidas na inclusão de Mariza e Marianne Faithful na mesma classificação), e esquecendo as etiquetas, basta-nos saber que se trata de boa música.


Jamie Collum, um pianista exímio, e que faz do piano um verdadeiro instrumento de percussão (além de o utilizar como uma elevação no palco donde se atira de vez em quando), arrasta-nos com a sua interpretação enérgica, onde raras vezes se senta no banco como um menino bem comportado. E ainda bem.


O baixista / contra-baixista Geoff Gascoine e o baterista Sebastiaan de Krom, a quem Cullum deu imenso tempo de antena para uns solos verdadeiramente espectaculares, compõem a restante equipa.


O álbum “Twentysomething” foi passado a pente fino quase na sua totalidade, dos clássicos “I Get A Kick Out of You”, “What A Difference A Day Made” e “Singing In The Rain”, aos belíssimos originais “These Are The Days”, “Blame It On My Youth”, “Frontin’ ” e “All At Sea”, que, já no encore, serviu de fecho para uma noite perfeita.


Houve também tempo para apresentar algumas canções do novo disco “Catching Tales”, que sairá em Setembro próximo. Mas alguns dos momentos mais vibrantes foram vividos ao som da poderosa “Wind Cries Mary”, de Jimi Hendrix, seguida da emotiva “Lover, You Should Have Come Over”, de Jeff Buckley, e da doce “High And Dry”, dos Radiohead.

Jamie Cullum prometeu que nos íamos divertir. E não é que cumpriu!





 

Cinema e Música - Ali Farka Touré

27.07.05, Rita


Numa cena da “Residência Espanhola” (Cédric Klapisch, 2002), a música de Ali Farka Touré era o elemento comum que aproximava dois estranhos numa nova cidade. Sexta-feira passada, este guitarrista do Mali, juntou umas centenas de pessoas no anfi-teatro Keil do Amaral, em Monsanto.


Apesar do frio, e de uma fraca primeira parte, valeu a pena esperar pela mestria dos dedos de Ali Farka Touré, num blues condimentado com percussões africanas. A Lua cheia e a vista sobre o Tejo não poderiam ter tido melhor banda sonora.


Ansiosamente aguardando pelo novo filme de Klapisch, “Les Poupées Russes”, que deveria estrear ainda este ano, e por novas descobertas musicais.

25 Watts **

26.07.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Juan Pablo Rebella e Pablo Stoll. Elenco: Daniel Hendler, Jorge Temponi, Alfonso Tort, Roberto Suárez, Carolina Presno, Federico Veiroj, Valentín Rivero, Valeria Mendieta, Walter Reyno, Damián Barrera, Leo Trincabelli. Nacionalidade: Uruguai, 2001.


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ALIGN=JUSTIFY>“25 Watts” conta a história de três amigos, Javi (Jorge Temponi), Seba (Alfonso Tort) e Leche (Daniel Hendler), que acompanhamos durante 24 horas de aborrecimento (deles e nosso, infelizmente) na cidade de Montevideo. Leche tem um último exame para terminar, o de italiano, mas a sua paixão pela professora dificulta a concentração. Javi vê-se obrigado a conduzir um carro cujo altifalante vai papagueando publicidade, e aturar as observações do filho do patrão. Seba, um pouco desajustado de tudo, tenta alugar um filme pornográfico para ajudar a passar o tempo.

ALIGN=JUSTIFY>Em suma: a vida deles parece caminhar no mesmo sentido que um hamster numa roda, sem vontade de trabalhar, estudar ou comprometer-se.

ALIGN=JUSTIFY>O primeiro filme de Juan Pablo Rebella e Pablo Stoll, foi rodado com poucos recursos, a preto e branco. Isso não justifica, no entanto, que tenham sido tão escassos em enredo, abusando, sem sentido, dos tempos mortos e do humor disparatado (à excepção do momento em que eles resolvem utilizar a avó de Leche como antena de televisão). O aspecto positivo de “25 Watts” limita-se a um ou outro plano, artisticamente interessantes, mas que produzem pouco efeito na narrativa.

ALIGN=JUSTIFY>A narrativa não vai a nenhum lado, as personagens, preguiçosas e irresponsáveis, não sofrem qualquer transformação/evolução, não permitem qualquer empatia, e nem sequer fiquei a torcer por que superassem os seus problemas. As sua ideias são tão básicas que não conseguiriam acender uma lâmpada com a voltagem do título. No fundo, está é uma história que não precisava ser contada.

ALIGN=JUSTIFY>Como história sobre aborrecimento, “25 Watts” está a anos luz de um “Temporada de Patos” (2004), de Fernando Eimbcke. Mas se foi preciso passar por isto para produzir a pérola que é “Whisky” (2004), então valeu a pena.






Señora Beba ***

22.07.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>T.O.: Cama Adentro. Realização: Jorge Gaggero. Elenco: Norma Aleandro, Norma Argentina, Marcos Mundstock, Raúl Panguinao, Elsa Berenguer, Susana Lanteri, Claudia Lapacó, Mónica Gonzaga, Eduardo Rodríguez. Nacionalidade: Colômbia / Espanha, 2005.

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ALIGN=JUSTIFY>O título original deste filme é “Cama Adentro”, expressão usada para designar as empregadas domésticas com direito a cama (e entrada de serviço), mas foi modificado para evitar referências ao filme de Alejandro Aménabar.

ALIGN=JUSTIFY>Da sua vida abastada no seio da burguesia de Buenos Aires, Beba (Norma Aleandro) apenas retém Dora (Norma Argentina), sua empregada há quase 34 anos, e a quem deve o salário de vários meses. Dora tem vindo a construir uma casa na periferia, para a qual necessita dessa fonte de rendimento. A muito custo, e contra a vontade de Beba, Dora decide abandonar o seu posto de trabalho. Pouco resignada a modificar os seus hábitos e a sua posição, Beba faz disfarçadas viagens à loja de penhores e quase humilhantes visitas ao ex-marido, acabando por confundir dignidade com arrogância.

ALIGN=JUSTIFY>O choque de classes e os seus códigos confundem-se numa relação que os anos tornaram mais profunda que o profissional, e onde a lealdade triunfa sobre a amargura. O afecto subliminar que une estas duas mulheres, e que contrasta com o afastamento entre Beba e a sua filha, é aquilo que lhe permite fazer face à pobreza que se aproxima.

ALIGN=JUSTIFY>À semelhança de “Luna de Avellaneda”, de Juan José Campanella, a crise argentina é o pano de fundo deste filme intimista, que venceu o Prémio Especial do Júri na edição deste ano do Festival de Cinema Independente de Sundance.

ALIGN=JUSTIFY>Aleandro, que já tínhamos visto no papel de mãe no filme “O Filho da Noiva” (2001), também de Campanella, teve um grande papel construído à sua medida, enquanto Argentina, numa terna interpretação, competiu com 800 candidatas por representar algo bastante perto da sua vida real como empregada de limpeza.

ALIGN=JUSTIFY>Através de um ritmo espaçado e silencioso, somos cúmplices desta história que contrapõe as escassas condições de trabalho com a grandeza (muitas vezes ainda mais escassa) do ser humano.

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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Una de las cosas que quise hacer en esta película es explorar la historia de dos mujeres provenientes de culturas diferentes, dos mujeres arraigadas en sus mutuos prejuicios de clase, pero unidas por la experiencia de tener que convivir tres décadas bajo el mismo techo.

A través de esta historia, traté de abordar mis propias inquietudes sobre la crisis económica y cultural de mi país y preguntarme en qué medida un desmoronamiento tan significativo como el que se dio en la Argentina en los últimos años puede suscitar un cambio o una liberación en la manera en que se relacionan las personas.

Me interesa que esas inquietudes puedan alcanzar al espectador, contaminándose con sus propias experiencias y estimulándolo a indagar adentro suyo por alguna respuesta. No se si lo he logrado. A veces veo la película y me resulta demasiado optimista y me pregunto si realmente los seres humanos de distintos grupos sociales pueden llegar a hacer un progreso sustancial hacia un mutuo entendimiento. Quiero creer que si, pero los tiempos que vivimos no nos dan tatos muy alentadores. Otros días, si embargo, siento que Beba y Dora al menos han podido acercase y eso me hace sentir la persona más optimista que puedo ser.”


JORGE GAGGERO (Realizador)











No Sos Vos, Soy Yo ***

20.07.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Juan Taratuto. Elenco: Diego Peretti, Soledad Villamil, Cecilia Dopazo, Hernán Jiménez, Marcos Mundstock, Luis Brandoni, Ricardo Merkin, Rolly Serrano, Eugenia Tobal, Mariana Briski, Silvia Baylé, Nilda Raggi. Nacionalidade: Argentina / Espanha, 2004.


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ALIGN=JUSTIFY> “Não és tu, sou eu.” Quem nunca ouviu esta frase que atire a primeira pedra. “No Sos Vos, Soy Yo” conta a história de Javier, mas podia ser, com alguma adaptação, a história de todos os que já sofreram uma desilusão amorosa.

ALIGN=JUSTIFY>Javier (Diego Peretti) está a caminho do aeroporto, para apanhar um avião para Miami, onde se encontra a sua recém-mulher, María (Soledad Villamil), e alterar por completo a vida que leva em Buenos Aires. Um telefonema atira-o para o abismo, quando María lhe diz que a relação deles terminou e que se apaixonou por outra pessoa. A partir daí é a descida aos infernos.

ALIGN=JUSTIFY>Talvez esta seja uma expressão exagerada, mas quem já teve o coração partido entende o desespero da perda (ainda que relativa) de um sentido para a vida. Javier cai numa depressão profunda, refugiando-se nos amigos até à exaustão (deles), no seu cão e no seu psicanalista.

ALIGN=JUSTIFY>Apesar do tema emocional, este retrato de “um momento na vida de” não é de todo condescendente nem explora sentimentalismos. Vários momentos cómicos, como os vividos com o cão ou a invasão de Javier à casa do seu melhor amigo, para abrir a sua alma, relativizam o drama, evidenciando o ridículo em que muitas vezes o ser humano se deixa cair. Esta devida distância é permitida também pela personagem do psicanalista (Marcos Mundstock), que, numa rara vez no cinema, parece ter um papel realmente útil.

ALIGN=JUSTIFY>O filme vive da genial interpretação de Peretti, que, apesar da grande amplitude de registos ao longo da história, mantém a total coerência da personagem. No entanto, a classificação de “comédia romântica” parece-me deslocada. Sobretudo porque as personagens femininas têm muito pouca densidade para equilibrar o “romance”. Curiosamente, o argumento foi co-escrito por Cecilia Dopazo, que interpreta o papel de Julia, a ajudante do veterinário.

ALIGN=JUSTIFY>De todos modos, uma boa forma de fugir do calor húmido de Barcelona, aproveitando o preço de segunda-feira (nos dias normais os bilhetes são a 6€ e eles não aceitam o King Kard...).


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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Una pareja lleva sus buenos días, que lamentablemente son pocos, sus malos, que afortunadamente también son pocos, y los normales, que son la mayoría.”
MARCOS MUNDSTOCK (Psicoanalista)










Perder es Cuestión de Método **

19.07.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Sergio Cabrera. Elenco: Daniel Giménez Cacho, Martina García, César Mora, Víctor Mallarino, Sain Castro, Jairo Camargo, Humberto Dorado, Mimi Lazo, Gustavo Angarita. Nacionalidade: Colômbia / Espanha, 2004.


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ALIGN=JUSTIFY>Para o realizador de “Perder es cuestión de método”, Sergio Cabrera, a corrupção é uma das principais ameaças à democracia na Colômbia. A adaptação do livro homónimo de Santiago Gamboa, feita pelo argumentista argentino Jorge Goldemberg, inicia-se com a decoberta, plea polícia de um cadáver empalado num bosque perto de Bogotá. Víctor (Daniel Giménez Cacho, “La Mala Educación”), um jornalista cheio de bom coração, tenta desvendar o sucedido, contando com a ajuda do irmão da vítima, Estupiñan (César Mora), e de uma jovem prostituta, Quica (Martina García). Mas, para isso, terão de enfrentar os interesses de políticos, empresários e proxenetas, no meio de um golpe imobiliário.

ALIGN=JUSTIFY>Cabrera usa o cimento de Bogotá como cenário para criticar uma justiça que em vez de limitar o poder se converte no seu reflexo. Onde a corrupção deixa de ser uma consequência da pobreza económica e política para se tornar na sua perpetuação. Mas Cabrera quer também lutar contra o conformismo e passividade de todos os que aceitam esta manipulação.

ALIGN=JUSTIFY>A apresentação das personagens é feita de uma forma ágil e cuidada no início do filme. No entanto, com o desenrolar da história a narrativa complica-se de uma forma descoordenada em torno da escritura de terrenos. Para salvar-se, Cabrera refugia-se no enredo secundário de cariz sexual. No final, ficamos sem perceber onde o realizador queria chegar com tudo isto. Para quem se propõe falar de um assunto de relevo, Cabrera trata o tema com demasiada ligeireza e até mesmo paródia. Para isso, contribuem bastante as caricaturas em que as interpretações se deixam cair.

ALIGN=JUSTIFY>“Perder es cuestión de método” apresenta-se como um thriller, mas fica por transmitir as emoções a que se propõe. Vale a intenção: de retratar a solidariedade dos desafortunados face à crueldade dos poderosos, de falar dos que ainda acreditam nalguma justiça, que estão dispostos a lutar contra tudo, e que, apesar da saberem que estão condenados à derrota, metodicamente, perdem.

ALIGN=JUSTIFY>A música “Untados” do grupo colombiano ATERCIOPELADOS serve de moldura a este quadro.

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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA> “Perdí. Siempre perdí. No me irrita ni preocupa. Perder es una cuestión de método.”
LUIS SEPÚLVEDA


ALIGN=JUSTIFY>“Las batallas contra las mujeres son las únicas que se ganan huyendo.”
NAPOLEÃO


COLOR=#E90909> UNTADOS
de Aterciopelados


COLOR=#AAAAAA>En el país del sagrado corazón
a nadie se le puede dar absolución
cuando el billete es emperador
ya no hay decencia que valga no hay honor
la horrible ley de la selva de cemento
supervivencia para el más violento
honor y escrúpulos son un invento
de un pasado lejano polvoriento

Coro:
todos estamos untados
todos estamos involucrados
todos estamos armados
queremos harto billete de contado

Aquí no quedan inocentes
todos aquí somos delincuentes
los hay de muchos pelambres y colores
de cuello blanco
esos son los peores
aquí política es sinónimo de robo
millonarios sueldos y papayas de oro
animal social como leones
es la presa riqueza somos depredadores




































No dia seguinte

08.07.05, Rita

Em 2001, foi assim no dia seguinte. As principais cadeias de salas de cinema estavam às escuras. Fechadas, a aguardar. Era a América ainda sob os efeitos dos atentados daquela terça-feira, 11 de Setembro. A maior parte das produções de televisão e cinema estavam também paradas. A aguardar.


Em Los Angeles nenhuma produção era filmada na “downtown”. A entidade que atribuía licenças para filmagens – a Entertainment Industry Development Co. (EIDC) – dava a conhecer a sua posição: «Não temos negado nenhuma autorização nem pedimos a nenhuma produtora para encerrar. Apenas informámos as empresas que a polícia e os bombeiros estão em alerta máximo e que algumas produções podem ser afectadas, sobretudo as que usam pirotecnia e armas de fogo.»


Os filmes nas salas de cinema servem-se com pipocas, naturalmente. Ao som de explosões, tiros, destruição – os ingredientes de muitas produções cinematográficas. Com a realidade a ultrapassar a imaginação dos argumentistas de Hollywood, o debate sobre a violência reacendia-se na América.


Ainda em Junho de 2001, as audiências aplaudiam a abertura do novo filme de Dominic Sena, «Swordfish» – uma espectacular sequência em que a câmara descreve um arco de 360 graus pelos destroços e detritos de um edifício. Depois dos atentados de Nova Iorque e Washington, os produtores e realizadores reequacionaram a escalada nas cenas de violência. Um passo atrás naquilo que era a aposta forte dos “blockbusters”. A parafernália pirotécnica não surgiria como algo inocente aos olhos dos espectadores de pipocas. Há imagens reais bem mais fortes – e então muito presentes. Hoje, de novo, presentes.


Assentada a poeira, ultrapassada a estupefacção da América e do Mundo, a indústria voltou a desenhar violentos enredos de explosões e pancadaria. Hoje, depois de Bali, Madrid ou Bagdad, Londres. Não sabemos se havia filmes ou séries a serem rodados ali, nas proximidades. Se alguém amanhã questionará argumentos ou se tremerá a rever o «Assalto a Nova Iorque» ou (o aparentemente inocente) «Speed». Sabemos que o mundo continua diferente. E o cinema não nos ajuda a compreender ainda tudo.




por Miguel