Evening **
Realização: Lajos Koltai. Elenco: Claire Danes, Toni Collette, Vanessa Redgrave, Patrick Wilson, Hugh Dancy, Natasha Richardson, Mamie Gummer, Eileen Atkins, Meryl Streep, Glenn Close. Nacionalidade: EUA, 2007.
Ann Grant (Vanessa Redgrave, “Nip/Tuck”) está nos últimos momentos da sua vida. Acamada e sob os cuidados de uma enfermeira (Eileen Atkins), ela vai adormecendo e despertando. Num desses momentos de consciência, Ann pergunta às filhas, Nina (Toni Collette, “The Dead Girl”) e Connie (Natasha Richardson, “Asylum”), por um tal de Harris de quem elas nunca ouviram falar. Em flashback, a jovem Ann (Claire Danes, “Shopgirl”) volta ao fim-de-semana do casamento da sua amiga Lila (Mamie Gummer) em Newpor nos anos 50. Foi aí que ela conheceu Harris (Patrick Wilson, (“Little Children”) e, juntos, mataram Buddy, o irmão de Lila (Hugh Dancy, Shooting Dogs).
Sem saber o que é verdade ou delírio nas palavras da mãe, este processo de reencontro com a verdade de Ann, é paralelo ao caminho que cada uma delas precisa, individualmente, de realizar na sua vida assumindo as responsabilidades nas suas relações, antes que seja tarde demais.
Baseado no livro de 1998 de Susan Minot, que co-escreveu o argumento com o escritor Michael Cunningham (‘The Hours’), “Evening” é aquele tipo de melodrama que causa urticária à generalidade dos homens e, também, a grande parte das mulheres. Num ambiente que faz lembrar a aura de nostalgia agri-doce de ‘Great Gatsby’, o remorso e a perda são os sentimentos dominantes, sem nunca se chegar a uma intensidade de emoções que justifique a dimensão daquele ‘grande amor’.
“Evening” vive essencialmente das dinâmicas mãe-filha. Aliás, em “Evening” além de Vanessa Redgrave contracenar com a filha Natasha Richardson, também Meryl Streep tem oportunidade de interpretar a mesma personagem que a filha, Mamie Gummer, interpreta quando nova. Mas, no global, é uma fraca história para tão potente elenco, do qual faz ainda parte Glen Close no papel de mãe de Lila.
É difícil saber se conhecemos realmente as pessoas que amamos, ou se existem segredos que escolheram guardar de nós. Mais difícil é saber se continuaríamos a amá-las de igual modo, se as conhecêssemos na imensidão de todos os seus erros.
TIME AFTER TIME
Sammy Cahn / Jule Styne
What good are words I say to you?
They can’t convey to you what’s in my heart
If you could hear instead
The things I’ve left unsaid
Time after time
I tell myself that I’m
So lucky to be loving you
So lucky to be
The one you run to see
In the evening, when the day is through
I only know what I know
The passing years will show
You’ve kept my love so young, so new
And time after time
You’ll hear me say that I’m
So lucky to be loving you
Time after time