As melhores festas

Ao contrário do ano passado, em que deixámos aqui umas sugestões cinematográficas (que, por sinal, continuam bastante válidas), este ano quero cingir-me a uma mensagem de paz.
Num mundo repleto de conflitos, de desrespeito (pela natureza e por outros seres), de arrogâncias e ânsias de poder, o Homem tende a perder a sua melhor qualidade: a compaixão. E compaixão não é, de todo, um sentimento que reforça a diferença entre pessoas com sortes distintas, colocando-as em posições comparativas. Compaixão é entender e aceitar que a vida não é justa, que aquele que está ao meu lado poderia ser eu, e vice-versa. Poderíamos ter sido nós a fazer as escolhas erradas, poderíamos até nem ter tido escolha, como muitos. Compaixão é perceber os sofrimentos, sem fechar os olhos. Porque o mundo é todo nosso, e é todo nós.
E se o natal é uma época de família, talvez devêssemos pensar mais nessa extensa família que povoa este planeta, e a qual não podemos nem devemos ignorar. É por esse motivo que aproveito este espaço para divulgar dois projectos, entre os muitos que existem, que me tocam de perto:

“A Associação MIMAR é uma Instituição de Solidariedade Social que está a criar um novo Centro de Acolhimento Temporário para crianças em risco, na primeira infância, sem família natural conhecida ou que tenham sido por ela abandonadas ou retiradas por decisão judicial.”
E quem esteja stressado com compras, lembre-se que as verdadeiras prendas não dão para embrulhar, e as melhores festas são aquelas feitas directamente na alma.