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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

21 **

14.09.08, Rita

Realização: Robert Luketic. Elenco: Jim Sturgess, Kevin Spacey, Kate Bosworth, Aaron Yoo, Liza Lapira, Jacob Pitts, Laurence Fishburne, Jack McGee, Josh Gad, Sam Golzari. Nacionalidade: EUA, 2007.





Ben Campbell (Jim Sturgess) é um estudante de matemática do MIT que, depois de lhe ver negada uma bolsa de estudo para medicina em Harvard, se junta a um grupo de colegas, liderado pelo Professor Micky Rosa (Kevin Spacey), especializado em arrecadar grandes somas de dinheiro contando cartas nas mesas de blackjack dos casinos de Las Vegas.


Baseado livremente numa história real, o argumento de Peter Steinfeld e Allan Loeb adapta o livro de Ben Mezrich ‘Bringing Down the House’. O cálculo de probabilidades e um sistema de códigos praticamente indetectáveis, permitem a um grupo de jovens combater a rotina das suas actividades académicas, de uma forma rentável e perfeitamente legal.


Durante a semana, passada calmamente em Boston no meio dos livros, Ben, Jill (Kate Bosworth), Fisher (Jacob Pitts), Choi (Aaron Yoo) e Kianna (Liza Lapira) fingem que não se conhecem. No fim-de-semana em Las Vegas, injectados de adrenalina, têm também de fingir não se conhecer. No entanto, o perito de segurança de casinos Cole Williams (Laurence Fishburne) e o emergente software biométrico de reconhecimento facial serão os seus maiores adversários.


“21” não é exactamente original e pode ser reduzido a um imaturo “Ocean's Eleven”. Mas, tal como o seu protagonista, que acaba de atingir a maioridade dos 21 (outra das denominações do blackjack), tem a potencialidade. Mas Robert Luketic (“Legally Blonde”) parece fugir à densidade moral que as opções do seu protagonista implicam. A sedução do dinheiro, a possibilidade de ser outra pessoa em cada novo golpe, a injecção de auto-confiança com o êxito, o sacrifício das amizades, o vício físico e mental que o imprevisto e a insegurança provocam. Em contrapartida, “21” padece de um probema de ritmo que o tornam demasiado longo para a história que quer contar.


Se alguém deve personalizar o diabo que tentou Fausto, esse deveria ser Kevin Spacey. E se há que ser-se dissimulado, que seja ao som da belíssima "Time To Pretend" dos MGMT.






CITAÇÕES:


“Always account for variable change.”
KEVIN SPACEY (Prof. Micky Rosa)

“It's not gambling, it's a system.”
KEVIN SPACEY (Prof. Micky Rosa)