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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINEMATECA EM DEZEMBRO

28.11.09, Rita


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ALIGN=CENTER> COLOR=#AAAAAA SIZE=3>DIVOS ÀS MATINÉS | COLOR=#AAAAAA SIZE=3>OS MIL ROSTOS DE BERLIM
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>FILMES DE


COLOR=#AAAAAA SIZE=3>JOÃO BÉNARD DA COSTA
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>O AMOR NO CINEMA PORTUGUÊS


COLOR=#AAAAAA SIZE=3>OS FILHOS DE LUMIÈRE
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>MONTE HELLMAN
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>CINEMA E JAZZ


COLOR=#AAAAAA SIZE=3>HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>CINEMA FALADO


COLOR=#AAAAAA SIZE=3>VIAGENS COM PRESTON STURGES
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>CINEMA E AMBIENTE


COLOR=#AAAAAA SIZE=3>O QUE QUERO VER
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>ANTE-ESTREIA
| COLOR=#AAAAAA SIZE=3>ABRIR OS COFRES


COLOR=#AAAAAA SIZE=3>CINEMATECA JÚNIOR

aderências

27.11.09, Rita



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Six Feet Over

25.11.09, Rita


Ando a rever, na FoxNEXT, uma das melhores séries televisivas de sempre: “Six Feet Under”.


Considerando o imenso peso destas personagens, Michael C. Hall conseguiu o quase impossível feito de se superar em “Dexter”, enquanto Peter Krause desperdiça o seu imenso talento na sofrível “Dirty Sexy Money”.


Entretanto, Lauren Ambrose, ou melhor, Claire, canta que se desunha. A sua voz poderá ser apreciada brevemente no muito antecipado “Where The Wild Things Are”, de Spike Jonze. Aqui fica uma amostra:







Everything is Illuminated ****

24.11.09, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Liev Schreiber. Elenco: Elijah Wood, Eugene Hutz, Boris Leskin, Laryssa Lauret, Lukas Kral, Vera Sindelarova, Mikki e Mouse (o cão). Nacionalidade: EUA, 2005.


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ALIGN=JUSTIFY>“Everything is Illuminated” adapta parcialmente o livro de Jonathan Safran Foer sobre um jovem americano judeu em busca da mulher que salvou o seu avô das mãos dos nazis numa pequena aldeia na Ucrânia. Para isso, Jonathan (Elijah Wood) contrata os serviços de uma “empresa” local composta por Alex (Eugene Hutz), o seu avô “invisual” (Boris Leskin) e a sua cadela guia Sammy Davis Jr. Jr..

ALIGN=LEFT>A inesperada agilidade na estreia do actor Liev Schreiber como argumentista e realizador.

ALIGN=LEFT>O inesperado talento interpretativo do músico Eugene Hutz (Gogol Bordello).

ALIGN=LEFT>A inesperada beleza da fotografia de Matthew Libatique.

ALIGN=LEFT>Os inesperados e exaustivos detalhes no design de produção de Mark Geraghty.

ALIGN=LEFT>A inesperada ingenuidade de um humor excêntrico.

ALIGN=LEFT>O inesperado contraste entre o anacronismo reprimido de Jonathan e o entusiasmo contagiante de Alex.

ALIGN=LEFT>A inesperada profundidade e delicadeza dos olhares.

ALIGN=LEFT>O passado lançando uma inesperada luz sobre o presente.

ALIGN=LEFT>“Everything is Illuminated”: uma preciosa surpresa.








The Promotion **1/2

22.11.09, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Steven Conrad. Elenco: Seann William Scott, John C. Reilly, Jenna Fischer, Lili Taylor, Gil Bellows, Fred Armisen. Nacionalidade: EUA, 2008.


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ALIGN=LEFT>No meio de uma feroz competição pelo lugar de gerente de supermercado, dois homens colocam em jogo os seus valores éticos e morais.

ALIGN=LEFT >No meio de um filme cómico dois actores colocam toda a sua seriedade na construção de personagens com os quais nos conseguimos identificar.

ALIGN=LEFT >No meio de um conjunto de comédias insípidas, um argumentista estreia-se na realização com um espirituoso olhar sobre o mérito.

ALIGN=LEFT >No meio de tudo isto, a vida é feita de pequenos triunfos, e também de pequenos fracassos.








The Brothers Bloom ***1/2

20.11.09, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Rian Johnson. Elenco: Rachel Weisz, Adrien Brody, Mark Ruffalo, Rinko Kikuchi, Robbie Coltrane, Maximilian Schell. Nacionalidade: EUA, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>Stephen (Mark Ruffalo) e o seu irmão mais novo Bloom (Adrien Brody) ganham dinheiro através de elaboradas esquemas nos quais, das mais diversas e originais maneiras, enganam incautos terceiros. As planificações de Stephen, com detalhes literários e precisões estilísticas, implicam sempre que Bloom, o melancólico, crie uma ligação emocional com a vítima. Mas Bloom está cansado de viver uma vida que lhe é escrita pelo irmão, e quer a sua própria realidade. Stephen pede-lhe um último golpe: Penelope (Rachel Weisz), uma herdeira solitária e excêntrica cujo hobby é coleccionar os hobbies dos outros.

ALIGN=JUSTIFY>Rian Johnson (“Brick”) constrói uma narrativa que, à semelhança dos planos dos dois irmãos, se vai desenrolando e desvendando passo a passo. Como um mágico, esconde a sua técnica por detrás de deleites visuais (onde se inclui a fotografia de Steve Yedlin). Sem uma localização temporal concreta, o design de produção parece quase levar-nos para um universo paralelo.

ALIGN=JUSTIFY>Johnson é um contador de histórias nato que sabe como “manipular-nos” para que gostemos tanto dos seus anti-heróis com ele. As suas personagens são tão estranhas quanto sinceras e Johnson oferece-lhes monólogos verdadeiramente poderosos. A excepção é Bang Bang (Rinko Kikuchi), mas, para ela, Johnson guardou a prova de que a comédia física não está fora de moda.

ALIGN=JUSTIFY>Para Bloom, interpretar um papel dá-lhe a leveza de nunca ter de ser ele mesmo. Inesperadamente, é através destes enganos e mentiras que ele consegue encontrar-se. E mesmo que, primeiro, desenhemos as possibilidades na nossa mente, não há outra forma de escrever a vida que não vivendo-a.


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ALIGN=CENTER>COLOR=#AAAAAA>Best poster of the year?
Most probably...



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Julie & Julia **

19.11.09, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Nora Ephron. Elenco: Meryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci, Chris Messina, Linda Emond, Helen Carey, Mary Lynn Rajskub, Jane Lynch. Nacionalidade: EUA, 2009.


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ALIGN=JUSTIFY>Nos anos 50, Julia Child mudou-se para Paris, em resultado da colocação diplomática do seu marido. Sem nada para fazer, Child decide inscrever-se um curso de cozinha francesa, acabando por editar, em 1961 e em conjunto com Simone Beck e Louisette Bertholle, o livro Mastering the Art of French Cooking.

ALIGN=JUSTIFY>Em 2002, a frustração laboral de Julie Powell e as suas inconsequentes tentativas literárias levam-na a assumir o desafio de, em 365 dias, cozinhar todas as receitas do livro de Julia Child, fazendo um registo do seu progresso num blog.

ALIGN=JUSTIFY>O último filme de Nora Ephron junta estas duas histórias, que, com efeito nunca se cruzam, mas que partilham uma mesma paixão pela culinária. Sem ser uma receita particularmente estimulante, a linha narrativa mais interessante é a que diz respeito a Julia Child, especialmente pelas interpretações de Streep e Tucci, e o seu misto de humor e carinho.

ALIGN=JUSTIFY>A comida como metáfora para o afecto. O gosto pela vida medido pelo prazer da mesa.








(500) Days of Summer ****1/2

16.11.09, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Marc Webb. Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel, Geoffrey Arend, Chloe Moretz, Matthew Gray Gubler, Clark Gregg. Nacionalidade: EUA, 2009.


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ALIGN=JUSTIFY>O autismo do sofrimento amoroso, onde só se recorda o que havia de bom, onde se insiste num futuro condenado pela unilateralidade do sentimento.

ALIGN=JUSTIFY>Marc Webb trabalha o argumento de Scott Neustadter e Michael H. Weber com uma refrescante originalidade e humor. Adicionando o cuidado com a componente musical que ilustra a evolução (não cronológica) daquilo que nos avisam, desde o início, não se tratar de uma história de amor, “(500) Days of Summer” corre o sério risco de se tornar um filme de culto, na linha de “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”.

ALIGN=JUSTIFY>Gostar da mesma música (ajuda se for The Smiths: ...to die by your side, is such a heavenly way to die...), ter a liberdade para se ser tonto (gritar “Pénis!” no meio de um jardim, por exemplo), experimentar mobiliário no IKEA como se estivéssemos em nossa casa. Amor é tudo isto. Mas é, sobretudo, um grande (e perfeito) acaso, completamente dependente do discernimento em reconhecer a possibilidade de felicidade nos olhos de outra pessoa.


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ALIGN=LEFT>COLOR=#AAAAAA>”The following is a work of fiction. Any resemblance to persons living or dead is purely coincidental. Especially you Jenny Beckman. Bitch.”

ALIGN=RIGHT>COLOR=#AAAAAA>[Author's Note]









Moon ****

15.11.09, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Duncan Jones. Elenco: Sam Rockwell, Kevin Spacey (voz), Dominique McElligott, Kaya Scodelario, Malcolm Stewart, Robin Chalk. Nacionalidade: Reino Unido, 2009.


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ALIGN=JUSTIFY>A Sam Bell (Sam Rockwell) restam-lhe apenas duas semanas na sua missão de três anos na estação lunar que providencia o hidrogénio necessário para a nova energia ecológica que alimenta a Terra. Problemas no satélite impedem-no de comunicar em tempo real com a Terra, a sua empresa e a sua mulher, conseguindo apenas fazê-lo através de mensagens gravadas. A sua única companhia é GERTY, o computador encarregue de garantir o bem-estar de Sam (e que conta com a inconfundível voz de Kevin Spacey).

ALIGN=JUSTIFY>O design de produção faz lembrar o “2001” de Kubrick (ainda que GERTY não seja exactamente HAL), o ambiente estéril e misterioso traz à memória “Solaris” de Tarkovsky. Mas a estreia na realização de Duncan Jones (filho do “Major Tom”) é um olhar único sobre a submissão – inquestionada – aos superiores hierárquicos, sobre a precariedade laboral, sobre a alienação (não aliens, entenda-se).

ALIGN=JUSTIFY>A interpretação de Sam Rockwell é visceral e subtil. O seu processo socrático de auto-conhecimento é original e credível em simultâneo.

ALIGN=JUSTIFY>Da solidão do homem. Da sua intensa necessidade de estabelecer ligações emocionais com outros. Da sanidade que se perde na primeira e se acha na segunda.

ALIGN=JUSTIFY>Do carácter temporário de tudo o que nos rodeia, mesmo das relações, fácil e rapidamente substituíveis, neste “mercado dos permanentemente insatisfeitos”.

ALIGN=JUSTIFY>“Moon” é um filme filosófico e existencialista. Sombrio, delicado, intenso. Simples e surpreendente.








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