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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

How To Lose Friends & Alienate People *

31.12.08, Rita


 

Realização: Robert B. Weide. Elenco: Simon Pegg, Kirsten Dunst, Jeff Bridges, Danny Huston, Gillian Anderson, Megan Fox, Miriam Margolyes. Nacionalidade: Reino Unido, 2008.



 



 

Sidney Young (Simon Pegg) é um jornalista que, desde sua casa, gere a pequena revista Post-Modern Post, brandindo a espada da verdade sem medo das consequências, como se fosse um herói povo. Arranjando as mais diversas artimanhas, Sidney infiltra-se nas festas de celebridades, para logo a seguir as denegrir nas páginas da sua publicação. Incapaz de criar empatia com quem quer que seja e alvo de constantes humilhações, Sidney consegue, no entanto, impressionar o editor americano Clayton Harding (Jeff Bridges), que lhe oferece um emprego na sua famosa revista Sharp's. A personalidade agressiva de Sidney não se atenua do outro lado do oceano e a única pessoa capaz de o tolerar é a sua colega Alison (Kirsten Dunst). Profissionalmente, Sidney está decidido em manter a sua neutralidade e acidez, mas envergonhado até à submissão às mãos da poderosa publicista Eleanor Johnson (Gillian Anderson), rapidamente se dá conta de que o “sistema” tem aliciantes que nem ele consegue resistir. Um deles é a mais recente starlet Sophie (Megan Fox).


 

Baseado nas memórias do jornalista britânico Toby Young e na sua tumultuosa experiência laboral na revista Vanity Fair, “How to Lose Friends & Alienate People” incorpora a mesma superficialidade do mundo de celebridade que retrata. Linhas narrativas que vão surgindo vão sendo abruptamente abandonadas e um humor negro (só ocasionalmente cómico) ao qual o argumento de Peter Straughan não soube dar a necessária anarquia.


 

Simon Pegg beneficia de uma grande expressividade cómica, mas o dilema entre manter a sua dignidade e resignar-se a uma vida de pobreza ou vender-se por uma vida de luxos parece nunca surgir na mente da sua personagem.


 

Sem sequer abordar a raiz do fascínio da “celebridade” que nos faz querer olhar e aproximar, o realizador Robert B. Weide limitou-se a uma redundante previsibilidade. Num olhar que se gostaria crítico, “How to Lose Friends & Alienate People” é apenas inconsequente.




 

Son of Rambow ****

30.12.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Garth Jennings. Elenco: Bill Milner, Will Poulter, Jules Sitruk, Jessica Stevenson, Neil Dudgeon, Ed Westwick, Anna Wing, Tallulah Evans. Nacionalidade: França / Reino Unido / Alemanha, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>Depois de “The Hitchhiker's Guide to the Galaxy”, Garth Jennings dá-nos um filme sobre a infância, onde a imaginação e o divertimento são os únicos escudos para fazer face às realidades do crescimento. “Son of Rambow” é uma viagem nostálgica ao Reino Unido dos anos 80, onde cada nova moda criava um novo ídolo e quando o cinema tinha a capacidade de criar revelações quase religiosas.

ALIGN=JUSTIFY>Will Proudfoot (Bill Milner) é um rapaz de 10 anos membro de uma seita religiosa evangelista que não vê com bons olhos a relação com membros fora da irmandade e proíbe todas as formas de entretenimento moderno, da música ao cinema. Will passa os dias refugiado na arrecadação do seu pai ausente, deixando a sua imaginação divagar em coloridos desenhos nas páginas da sua bíblia. Will é marginalizado na escola e, por outras razões, o mesmo acontece com o rebelde Lee Carter (Will Poulter), mais interessado em usar a câmara de filmar do irmão mais velho (Ed Westwick) para fazer uma versão do filme de Rambo “First Blood” e concorrer a um concurso de televisão do que em tomar atenção nas aulas. Depois de ter poupado Will a um castigo da directora, Lee cobra a ajuda de Will para realizar o filme. Quando, por acidente, Will vê a cópia pirata que Lee fez de “First Blood”, a sua imaginação galopante leva-o a assumir na pele a personagem do filho de Rambo (ou melhor, Rambow, com o sotaque americano). De repente, Lee e Will são dois rapazes com uma missão e nada se vai interpor no seu caminho.

ALIGN=JUSTIFY>Will usa o filme para escapar às regras restritas a que está sujeito, enquanto Lee o usa exactamente para o contrário, para se auto-impor a disciplina de que os seus pais abdicaram. Os desafios que a concretização do filme lhes coloca são enfrentados com limitados recursos mas inesgotável entusiasmo. Mas quando a aventura começa a sair do controlo de Lee e Will (dois excelentes protagonistas não profissionais) e novos elementos entram na equipa sob a liderança do estudante francês Didier (Jules Sitruk), a amizade dos dois jovens é posta à prova.

ALIGN=JUSTIFY>É ao crescer que se aprende a fazer escolhas, a abdicar. Com o seu filme caseiro, Lee e Will juntam-se, com responsabilidade, em torno do propósito comum de contar uma história, usando a sua paixão pela arte como motor (neste afecto “Son of Rambow” assemelha-se bastante ao filme “Be Kind Rewind” de Michel Gondry).

ALIGN=JUSTIFY>O argumentista-realizador Garth Jennings tem um olho clínico no que diz respeito à forma como as crianças se tratam umas às outras: a necessidade de identificação, a crueldade nessa busca. Com imensa criatividade e uma ingenuidade quase infantil ele explora as imensas possibilidades de um simples recinto abandonado, como se fosse ele parte também daquele grupo de crianças. Jennings tem também o mérito da contenção: os disparates destes jovens são tontos mas nunca ridículos. Jennings recorre ainda a excertos de animação em passagens oníricas. Porque só na infância os sonhos se mantêm ainda a salvo da poluição do cinismo.

ALIGN=JUSTIFY>Dificilmente “Son of Rambow” será um filme apreciado por crianças, pela sua excentricidade, mas sobretudo porque grande parte da sua riqueza vem de um universo com o qual eles não conseguirão identificar-se. Mas para muitos, onde eu me incluo, “Son of Rambow” é um tocante passeio às referências impolutas da infância.


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ALIGN=CENTER>COLOR=#E90909>CLOSE TO ME

COLOR=#E90909>The Cure


COLOR=#AAAAAA>I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish i'd stayed asleep today
I never thought that this day would end
I never thought that tonight could ever be
This close to me
Just try to see in the dark
Just try to make it work
To feel the fear before you're here
I make the shapes come much too close
I pull my eyes out
Hold my breath
And wait until I shake

But if I had your faith
Then I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door was a dream

I've waited hours for this
I've made myself so sick
I wish I'd stayed asleep today
I never thought that this day would end
I never thought that tonight could ever be
This close to me

But if I had your face
I could make it safe and clean
If only I was sure
That my head on the door
Was a dream










































Caos Calmo ***1/2

29.12.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Antonello Grimaldi. Elenco: Nanni Moretti, Valeria Golino, Isabella Ferrari, Alessandro Gassman, Hippolyte Girardot, Blu Yoshimi, Kasia Smutniak, Denis Podalydès, Charles Berling, Silvio Orlando. Nacionalidade: Itália / Reino Unido, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>Pietro Paladini (Nanni Moretti) e o seu irmão mais novo Carlo (Alessandro Gassman) interrompem o seu jogo de raquetas na praia para salvar duas mulheres de se afogarem. Ao regressarem a casa, dissertam sobre a indiferença das outras pessoas ao incidente e ao salvamento. Ao chegar a casa, Pietro depara-se com a morte acidental da sua mulher e o terror da sua filha Claudia (Blu Yoshimi), de 10 anos. No primeiro dia do regresso às aulas de Claudia, Pietro decide esperar por ela até ao final do dia na praceta em frente à escola. A sua empresa depara-se com a perspectiva de uma grande fusão, mas Pietro prefere passar os dias sentado no banco com vista para a sala de aula de Claudia. Calmamente, ele vai observando os rituais da praceta, recebendo as visitas do seu irmão, da sua cunhada Marta (Valeria Golino) e dos seus colegas de trabalho (Hippolyte Girardot, Denis Podalydès, Charles Berling).

ALIGN=JUSTIFY>Em conjunto com Laura Paolucci e Francesco Piccolo (“Il Caimano”), Nanni Moretti adaptou o livro de Sandro Veronesi, preferindo desta vez abdicar da responsabilidade da realização para se poder dedicar despreocupadamente a uma personagem surpreendentemente adequada è persona a que Moretti nos tem habituado. Na cadeira de realizador, Antonello Grimaldi tem apenas a falha de um desnecessário flashback a Veneza.

ALIGN=JUSTIFY>“Caos Calmo” define-se no próprio título: sob uma capa de tranquilidade aborda as mais borbulhantes questões associadas à perda e à dor. Como deve um homem reagir à morte da mulher? O que deve fazer para ajudar a sua filha a superar essa morte? O que é “normal”? As emoções que inundam “Caos Calmo” são tão subtis como avassaladoras. Os poderosos laços de afecto que Pietro estabelece com os habituais frequentadores da praça (o dono do café, uma rapariga que passeia o cão, um rapaz com síndroma de Down) poderão ser improváveis, mas não impossíveis. E é dessa imprevisibilidade e fragilidade humana de que se fala aqui.

ALIGN=JUSTIFY>São lançadas algumas questões sobre o passado da sua mulher, mas Pietro decide manter-se na ignorância, guardar a memória (parece-me a mim que por respeito à filha, mais do que qualquer outra coisa). À falta de conseguir encontrar uma ordem que o satisfaça, Pietro ordena itens em listas num acto de abstracção. Mas o que Pietro faz não é tanto ausentar-se do mundo, ele apenas escolhe a parte do mundo que mais lhe importa. Todos os que se aproximam de Pietro procuram sinais da dor, mas todos eles respeitam a sua forma de lidar com o esse caos.

ALIGN=JUSTIFY>Em “Caos Calmo” há um cuidado extremo com a correcta dimensão das personagens, dando densidade até às mais fugazes aparições . E se Moretti é mais uma vez de uma inegável competência, nem Valeria Golino nem Alessandro Gassman lhe ficam atrás, ela prestes a explodir em cada cena, ele de uma ternura quase incompatível com tanta testosterona.

ALIGN=JUSTIFY>Pietro volta a encontrar a mulher que o vimos salvar no início do filme, Eleonora (Isabella Ferrari). É entre eles que se desenrola a fogosa cena de sexo que tanto chocou o Vaticano. Se, por um lado, se pode questionar a dimensão da cena (cuja naturalidade é totalmente desarmante), por outro, é ela que marca o momento de libertação de Pietro, a passagem da dor à aceitação. Esteticamente, este acto sexual é idêntico ao acto do salvamento, com a diferença de que agora é Pietro que é salvo.

ALIGN=JUSTIFY>Não deveria ser precisa uma calamidade para nos fazer parar e olhar o mundo desde a perspectiva certa. As coisas mais simples são, não raras vezes, as mais importantes. Às vezes um abraço diz tudo.


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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Io non sto fermo: io me muovo!”
NANNI MORETTI (Pietro)












Frase do ano

28.12.08, Rita


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ALIGN=LEFT>“Religion is far more of a choice than homosexuality.”
ALIGN=CENTER>COLOR=#AAAAAA>JON STEWART



ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909 SIZE=3>Frase do ano (ii)


ALIGN=LEFT>“Semantics is cold comfort when it comes to humanity.”
ALIGN=CENTER>COLOR=#AAAAAA>ibidem





I, Lucifer

27.12.08, Rita

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ALIGN=JUSTIFY>Deus dá a Lúcifer uma última hipótese de redenção: durante um mês ele ocupará o corpo de Declan Gunn, um escritor suicida. Mas a oportunidade de experimentar todos os excessos ver-se-á frustrada por essa contingência tão humana que são os sentimentos.

ALIGN=JUSTIFY>Com um sarcasmo irresistível, Glen Duncan conta a História do ponto de vista do diabo.

ALIGN=JUSTIFY>Adaptado para o grande ecrã por Dan Harris e Michael Dougherty, “I, Lucifer” será protagonizado por Daniel Craig no papel de Lúcifer e Ewan McGregor no de Declan Gunn (um óbvio anagrama do nome do autor).

ALIGN=JUSTIFY>A estreia está prevista para 2009.







Prenda

25.12.08, Rita

ALIGN=CENTER>este:

SRC=http://fotos.sapo.pt/WvKfNNWlvPfTp2IwffUG/>


ALIGN=CENTER>antes deste:

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Os melhores de 2008

23.12.08, Rita


ALIGN=CENTER>Porque foi um ano cheio de coisas boas.


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ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909 SIZE=3>filmes


ALIGN=LEFT>COLOR=#bbbbbb>fevereiro

THE ASSASSINATION OF JESSE JAMES BY THE COWARD ROBERT FORD, de Andrew Dominik
THE DARJEELING LIMITED, de Wes Anderson
THERE WILL BE BLOOD, de Paul Thomas Anderson
JUNO, de Jason Reitman
MICHAEL CLAYTON, de Tony Gilroy

COLOR=#bbbbbb>abril

I’M NOT THERE, de Tood Haynes
YOUTH WITHOUT YOUTH, de Francis Ford Coppola

COLOR=#bbbbbb>junho

LA SCONOSCIUTA, de Giuseppe Tornatore

COLOR=#bbbbbb>julho

TROPA DE ELITE, de José Padilha

COLOR=#bbbbbb>agosto

THE DARK KNIGHT, de Christopher Nolan

COLOR=#bbbbbb>outubro

DO OUTRO LADO, de Fatih Akin

COLOR=#bbbbbb>novembro

ENTRE LES MURS, de Laurent Cantet

COLOR=#bbbbbb>dezembro

HUNGER, de Steve McQueen



ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909 SIZE=3>séries


ALIGN=LEFT>COLOR=#bbbbbb>drama

DEXTER
IN TREATMENT
LOST
BIG LOVE
HOUSE

COLOR=#bbbbbb>comédia

ARRESTED DEVELOPMENT
30 ROCK
CALIFORNICATION


ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909 SIZE=3>livros


ALIGN=LEFT>THE SHOCK DOCTRINE, de Naomi Klein
THE CLOSED CIRCLE, de Jonathan Coe
THE LOVELY BONES, DE Alice Sebold
ESTA HISTÓRIA, de Alessandro Baricco
SOBREVIVENTE, de Chuck Palahniuk


ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909 SIZE=3>álbuns


ALIGN=LEFT>OKKERVIL RIVER - The Stand Ins (2008)
VAMPIRE WEEKEND - Vampire Weekend (2008)
CHRIS GARNEAU - Music For Tourists (2007)
THE LAST SHADOW PUPPETS - The Age of Understatement (2008)
NEIL HALSTEAD - Oh! Mighty Engine (2008)


ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909 SIZE=3>concertos


ALIGN=LEFT>RICHARD HAWLEY @Cine-Teatro António Lamoso, Santa Maria da Feira (23 de Fevereiro)
THE NATIONAL @Aula Magna, Lisboa (11 de Maio)
FEIST @Aula Magna, Lisboa (11 de Junho)
MAGNETIC FIELDS @Aula Magna, Lisboa (26 de Junho)
LEONARD COHEN @Passeio Marítimo de Algés, Lisboa (19 de Julho)
















































wit for beauty?

21.12.08, Rita


ALIGN=JUSTIFY>Jon Stewart é substituído pelo actor Hugh Jackman na apresentação da próxima cerimónia dos OscarSIZE=1>®
, que terá lugar a 22 de Fevereiro de 2009.


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ALIGN=JUSTIFY>A beleza aguenta o primeiro respiro, resta saber se haverá fôlego para o resto.

ALIGN=JUSTIFY>Suspeito de que se trata de um medo corporativo de palavras. Dos mesmos cuja amoralidade não lhes permite avaliar os seus próprios actos.

ALIGN=JUSTIFY>Estaremos no sítio do costume para ver (crossing my fingers).








2008: Balanços cá da casa...

20.12.08, Nuno

 

Balanço audiovisual, pouco convencional e muito pessoal, do ano 08.

Muita coisa ficou de fora. Muitos ficaram no banco dos suplentes, danadinhos para entrarem e fazerem boa figura...

Mas, até ver, estes são os eleitos (sim, porque o ano ainda não acabou e as surpresas continuam a surgir):

 

 

FILMES

 
Hunger
(Nada indicado para anorécticos, recomendado para cinéfilos com C grande e estômago resistente.)
The Dark Knight
(Batman vintage para fanáticos da BD. E já não tem a insossa da Katie Holmes! YES!)
Do outro lado
(O título original é: Auf der anderen Seite. Coisas de alemães turcos! A surpresa do ano!)
Entre les murs
(Ou como os professores portugueses deviam ter levado os putos ao cinema para se reverem no ecrã…)
Be kind rewind
(Voltar a ser criança e sonhar de olhos abertos! Cinema puro!)
 
Em “stand-by” fica o The curious case of Benjamin Button, prontinho para entrar a qualquer momento na lista!
 
 
SÉRIES
 
Dexter
(Ele mata, ele corta, ele retalha, ele limpa, ele casa!)
Os Contemporâneos
(O que é nacional é bom e nem precisa de ser fedorento... A melhor criação televisiva lusitana dos últimos tempos…)
Californication
(25 minutos de gloriosas “tiradas” sobre sexo, amor e a vida)
South Park / Family Guy / American Dad
(Ah e tal, desenhos animados… Sim, mas ninguém tem a coragem de fazer as coisas que eles fazem e gozam!)
 
Há por aqui um House a espreitar, mas esta última temporada ainda não me convenceu totalmente...
 
 
ÁLBUNS
 
Midnight Juggernaughts - Midnight Juggernaughts
(Da terra dos cangurus o disco retro mais futurista do ano! Aahh yaaa!)
The Last Shadow Puppets - The Age Of The Understatement
(Scott Walker-John Barry-The Beatles misturados por 2 talentosos putos ingleses, com uma ajuda canadiana.)
Fleet Foxes - Fleet Foxes
(Miúdos de Seattle com talento de gente grande e clássica. E com a canção do ano: White Winter Hymnal.)
Vampire Weekend - Vampire Weekend
(Mais uns putos americanos, agora de Brooklyn, que foram a África buscar alma para baralhar o rock.)
The Walkmen - You & Me
(Ao quarto álbum, os tipos estão lá! Borrifaram-se para comparações e críticas… Até aprenderam a compor uma valsa!)
 
A tocar repetidamente também anda o Dear Science, dos TV on the Radio... Ah, e também menção honrosa para os MGMT
 
 
CONCERTOS
 
Richard Hawley Santa Maria da Feira
(300 quilómetros para ficar na fila da frente, cadeiras centrais! Concerto único, perfeito perfeitinho!)
Vampire Weekend Optimus Alive
(Mesmo sem me puder mexer muito, o corpo pulou que nem um doido!)
Leonard Cohen Passeio Marítimo de Algés
(É um senhor, carago! É O Senhor!)
The National Aula Magna
(Foi tão bom, tão bom, que acabei nas urgências…)
The Walkmen Teatro Tivoli
(Ele parece Walker, canta como Dylan, berra como se não houvesse amanhã… Eles tocam como ninguém.)
 
Quem também deu um excelente concerto (tendo sido destronado à úlima hora por The Walkmen), foram os Portishead, no Coliseu dos Recreios...

 

 

Le Fils de L’Épicier **1/2

19.12.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Éric Guirado. Elenco: Nicolas Cazalé, Clotilde Hesme, Daniel Duval, Jeanne Goupil, Stéphan Guérin-Tillié, Lilianne Rovère, Paul Crauchet, Chad Chenouga. Nacionalidade: França, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>10 anos depois de ter saído da terra dos pais para tentar a sua sorte em Paris, Antoine (Nicolas Cazalé) está longe de se sentir realizado: com um emprego que detesta e a vizinha Claire (Clothilde Hesme) que se esquiva ao seu discreto interesse. Após o pai de Antoine (Daniel Duval) sofrer um ataque cardíaco, a mãe (Jeanne Goupil) e o irmão (Stéphan Guérin-Tillié) começam a pressioná-lo para tomar conta da mercearia da família na Provença. Antoine recusa voltar àquilo que abandonou, mas depois de emprestar o dinheiro que lhe restava a Claire, para que ela possa preparar o exame de admissão a uma universidade espanhola, ele fica sem alternativa. Antoine consegue convencer Claire a acompanhá-lo e aproveitar a paz do campo para estudar.

ALIGN=JUSTIFY>Com a carrinha do pai Antoine faz as rondas que ainda lembra de criança, pelo campo e pela serra. Mas a sua antipatia e falta de paciência para as particularidades dos idosos habitantes da zona revelam-se maus para o negócio. Será Claire, com o seu dom para as relações sociais, que o irá ajudar.

ALIGN=JUSTIFY>“Le Fils de L’Épicier” é uma viagem de redescoberta num regresso às origens, ao sentido de família e de comunidade. Antoine apercebe-se de que não conhece Claire assim tão bem, mas, sobretudo, dá-se conta de que a sua maior ignorância é para consigo mesmo. O segundo filme de Eric Guirado é guiado com a mesma placidez com que a carrinha vai contornando as encostas bucólicas. Adicionalmente, as honestas interpretações de Nicolas Cazalé e Clothilde Hesme (“Les Amants Réguliers”) transformam “Le Fils de L’Épicier” é um agradável coming of age.

ALIGN=JUSTIFY>Guirado revela um olhar sensível e sincero sobre as pequenas batalhas do dia-a-dia. Numa clara oposição às impessoais grandes superfícies, o comércio local é um marcado elemento de socialização, em especial num ambiente onde o isolamento e o envelhecimento populacional são crescentes.








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