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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

duas estreias

30.10.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>já vistas por aqui


ALIGN=CENTER>IN BRUGES, de Martin McDonagh

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ALIGN=CENTER>WAR, INC., de Joshua Seftel

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ALIGN=CENTER>crítica










Do Outro Lado ****

28.10.08, Rita


T.O.: Auf der anderen Seite. Realização: Fatih Akin. Elenco: Baki Davrak, Nursel Köse, Hanna Schygulla, Tuncel Kurtiz, Nurgül Yesilçay, Patrycia Ziolkowska. Nacionalidade: Alemanha / Turquia / Itália, 2008.


 



Nejat (Baki Davrak) dá aulas de literatura alemã na universidade de Bremen. Ali (Tuncel Kurtiz), o seu pai, viúvo, ocupa o seu tempo entre as apostas e as ocasionais visitas a um bairro de prostituição. Aí conhece Yeter (Nursel Köse), uma mulher turca que paga os estudos da sua filha Ayten (Nurgül Yescilay) fingindo trabalhar numa sapataria. Para combater a sua solidão, Ali propõe a Yeter que ela vá viver com ele, em troca de um pagamento equivalente ao que ela faz mensalmente e sua exclusividade como cliente. Em resultado da ameaça que Yeter recebe de uns conterrâneos, ela aceita. Mas a vida com Ali está longe de ser fácil. Existe ainda Lotte (Patrycia Ziolkowska), uma jovem alemão que se apaixona por Ayten a contragosto da sua mãe Susanne (Hanna Schygulla).


Contar mais estragará a experiência de ver “Do Outro Lado”, cujas pequenas surpresas, indiciadas por pequenos detalhes, valem o esforço de sair de casa numa destas noites já frias. “Do Outro Lado” é um filme circular, feito de equilíbrios e desequilíbrios, alguns deles irónicos. Mãe e filha, pai e filho, mãe e filha, na especificidade destas histórias Fatih Akin (“Gegen die Wand” / “A Esposa Turca”) procura o universal. À semelhança da sua personagem Nejat, também Akin cresceu na Alemanha filho de pais turcos. Mas em “Do Outro Lado” esta dualidade nunca é expressada como sendo Oriente versus Ocidente, ou a sociedade cristã em contraposição à muçulmana. Aqui o que se marca são as diferenças, para fazer sobressair as semelhanças.

 

A história divide-se em três partes, e nas duas primeiras Akin deliberadamente limita a nossa expectativa através dos títulos. E esse limite da realidade parece percorrer todo o filme. Como quando Susanne insiste com Ayten que tudo será melhor quando a Turquia entrar na União Europeia. Como a cenoura para o burro, a solução é adiada para um futuro que ninguém sabe quando ou se chegará um dia. E o abismo que se abre entre as duas mulheres é feito de impotência.

 

Ainda que o argumento de Akin seja pleno de coincidências e estas possam ser discutidas ao nível da verosimilhança, elas são-nos apresentadas de forma tão pura, tão sem artificialidades, tudo tão bem pensado e melhor filmado, que só nos podemos render ao propósito superior que move este filme. Estejamos ou não cientes disso, estamos ligados a tudo: pela família, pela amizade, pelo amor, por um lugar, por uma preocupação, por um sonho. Se Akin nos mostra um mar, mostra-nos também as pontes.

 

A escrita de Akin é particularmente boa no que se refere às personagens. Sem ser preciso grandes explicações nós compreendemos, de um ponto de vista moral, todas as suas acções. E se as suas intenções são boas, os seus erros são enormes. Mas aqui ninguém é poupado à sua pena. As interpretações densas, cheias de nuances e camadas, contam com a liderança da musa de Fassbinder Hanna Schygulla, uma mulher que veste a sua idade na perfeição (e, caramba!, que bonitas são estas turcas!!!).

 

Akin dá ao espectador um olhar quase divino sobre a história, conhecemos mais do que as personagens que vemos. Sob teste fica a nossa capacidade para controlar a angústia que é saber sem poder agir. Deixar as coisas acontecer pode ser muito mais difícil do que parece.


 




 

Burn After Reading **1/2

26.10.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Joel e Ethan Coen. Elenco: George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton, Brad Pitt, David Rasche, J.K. Simmons, Olek Krupa. Nacionalidade: EUA / Reino Unido / França, 2008.


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ALIGN=CENTER>COLOR=#AAAAAA>INTELIGENCE IS RELATIVE



ALIGN=JUSTIFY>Osbourne Cox (John Malkovich) é um analista da CIA que acaba de ser despromovido devido ao seu problema com a bebida. Com o choque, Cox acaba por se demitir, decidido a aproveitar o tempo para escrever as suas memórias. A sua mulher, Katie (Tilda Swinton), uma pediatra fria e distante, mostra-se indiferente à sua crise, preferindo os encontros com o seu amante, Harry Pfarrer (George Clooney), um agente federal também casado, que gosta de passear para Internet em busca de conquistas. Perante a confirmação do falhanço de vida de Cox, Katie começa a pensar no divórcio. O seu advogado aconselha-a a fazer uma cópia de todos os ficheiros do computador do marido. É essa cópia que irá inadvertidamente parar ao ginásio dirigido por Ted (Richard Jenkins) e às mãos de Linda Litzke (Frances McDormand), uma ‘personal trainer’ obcecada com uma série de cirurgias plásticas, e do seu colega Chad (Brad Pitt), que acabam por chantagear Cox pelo dinheiro da “recompensa”.

ALIGN=JUSTIFY>O mais recente filme dos irmãos Joel e Ethan Coen está no lado oposto ao do anterior “No Country For Old Men”. O argumento de “Burn After Reading” não tem grandes aspirações, mas é precisamente essa humildade e leveza que nos conquista. Num registo aproximado ao das ‘screwball comedies’, mistura, a um ritmo acelerado, intriga, infidelidade, sonhos e aspirações.

ALIGN=JUSTIFY>“Burn After Reading” foi escrito tendo em mente este elenco específico, o que faz com que as interpretações sejam, sem excepção, irrepreensíveis. Do arrepiante John Malkovich, à amarga Tilda Swinton, da superficialidade de Frances McDormand à ingenuidade tonta de Brad Pitt. No limite da caricatura, conseguimos ver algumas partes de nós em cada uma destas personagens, e é o confronto dos defeitos de cada um com a realidade que provoca os momentos de maior humor. A loucura surge escondida por trás da maior normalidade. E é nas situações mais improváveis que a natureza humana revela o seu lado mais negro.
ALIGN=JUSTIFY> No seio de uma cultura centrada na juventude, onde a mesa de cirurgia começa a ser considerada como a solução para consertar a vida, o maior engano ainda continua a ser aquele que cometemos com nós próprios.


ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>Definitivamente o poster do ano.



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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“I've gotten about as far as this body can take me.”
FRANCES McDORMAND (Linda Litzke)










Paris **1/2

17.10.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Cédric Klapisch. Elenco: Juliette Binoche, Romain Duris, Fabrice Luchini, Albert Dupontel, François Cluzet, Karin Viard, Mélanie Laurent, Zinedine Soualem, Julie Ferrier, Kingsley Kum Abang. Nacionalidade: França, 2007.


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ALIGN=JUSTIFY>“Paris” é um filme melancólico sobre o peso do passado e do futuro sobre o presente. A capital francesa é a epítome desse duelo, quer a nível cultural quer a nível social. E porque a cidade é o indivíduo, enquanto identidade e enquanto ligação com o outro, Cédric Klapisch (“L’Auberge Espagnol”, “Ni pour, ni contre (bien au contraire)”, “Les Poupées Russes”) traz-nos uma narrativa quase episódica em torno de relações: que se estabelecem, que se redefinem, que se quebram.

ALIGN=JUSTIFY>O centro narrativo de “Paris” é Pierre (Romain Duris), um bailarino do Moulin Rouge que, vítima de um problema cardíaco que apenas lhe deixa o transplante como alternativa, é forçado a enfrentar cedo de mais a sua mortalidade. Élise (Juliette Binoche) é a sua irmã mais velha, que, juntamente com os seus três filhos, se muda para casa de Pierre para cuidar dele. Aliás, Élise cuida de todos – trabalha como assistente social – menos de si própria. A sua falta de sorte no campo amoroso conduziu-a ao desleixo e à descrença. A melhor tirada do filme é-lhe dirigida: o conselho de optar pela homeopatia, ou seja, tomar homens em pequenas doses.

ALIGN=JUSTIFY>Mas em Paris vive também Roland (Fabrice Luchini), um professor de história de meia idade que se apaixona por uma aluna (Mélanie Laurent) e que inveja o aparente êxito da vida do seu irmão mais novo, Philippe (Francois Cluzet), um arquitecto prestes a ser pai. A dona de uma padaria (Karin Viard), racista e com um feitio que a incompatibiliza com todas as suas empregadas, é desfiada por Khadija (Sabrina Ouazani), uma jovem da ascendência magrebina, que se propõe para a vaga. Benoît (Kingsley Kum Abang) é um jovem dos Camarões decidido a ir ter com o seu irmão a Paris onde sonha conseguir uma vida melhor. Jean (Albert Dupontel) um merceeiro tenta lidar com as constantes seduções a que a sua ex-mulher Caroline (Julie Ferrier), com quem trabalha, é alvo.

ALIGN=JUSTIFY>O formato de “Paris” está longe de ser original e Klapisch tem uma notória dificuldade na gestão do tempo dedicado às suas personagens, conseguindo oferecer pouco mais que retratos superficiais que acabam por nunca se unir de forma coerente. O seu talento, no entanto, vem ao de cima quando ele dá o devido espaço para que a história cresça. Isso é especialmente notório com as personagens de Binoche e Duris.

ALIGN=JUSTIFY>Além da qualidade, o elenco de “Paris” é também generoso em qualidade. Só um grupo de actores excepcional tem a capacidade de causar impacto emocional nos poucos minutos que lhe são permitidos pelo ritmo dinâmico da montagem. Juliette Binoche é particularmente avassaladora num desafio à vaidade e à vergonha.

ALIGN=JUSTIFY>Cédric Klapisch quer levar-nos numa viagem pelas várias cidades que formam Paris, tirando partido da sua fotogenia através de espectaculares imagens aéreas. Mas para um caleidoscópio de vida e morte, amor e desamor, faltou-lhe um pouco mais de combustível.


ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>NOTA: É bom ver o cinema São Jorge cheio. É péssimo continuar a aguentar o calor infernal. É ainda pior aguentar uma massa se espectadores que acha que à ironia se deve reagir com gargalhadas. Talvez para fazer ver ao amigo: “vês, eu percebi o sarcasmo, eu sou inteligente!”. Ou talvez porque a falta de hábito de ir ao cinema se reflecte numa falta de civismo e respeito pela experiência do outro. Melhor seria que digerissem aquilo que lhes é dado, em vez de cuspirem sonoramente a sua imaturidade.









Todo Manoel de Oliveira

15.10.08, Rita


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ALIGN=JUSTIFY>Tem início depois de amanhã, na Cinemateca Portuguesa a retrospectiva integral da obra de Manoel de Oliveira “TODO MANOEL DE OLIVEIRA: CEM ANOS EM DOIS MESES”, em comemoração do centenário do seu nascimento.

ALIGN=JUSTIFY>Por ordem cronológica será possível assistir até 18 de Dezembro a 42 obras, desde a primeira curta-metragem “Douro, Faina Fluvial” (1931) até ao mais recente “Cristóvão Colombo - o Enigma” (2007). As excepções são “Miramar, Praia de Rosas” (1938), um título perdido, e “Visita ou Memórias e Confissões” (1982), cuja exibição Manoel de Oliveira exige que seja póstuma.

ALIGN=JUSTIFY>A par desta iniciativa, estará também patente uma exposição e será publicado um catálogo sob a coordenação de João Bénard da Costa.

ALIGN=JUSTIFY> Mais detalhes aqui.








Gomorra ***

13.10.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Matteo Garrone. Elenco: Toni Servillo, Gianfelice Imparato, Maria Nazionale, Salvatore Cantalupo, Gigio Morra, Salvatore Abruzzese, Marco Macor, Ciro Petrone, Carmine Paternoster. Nacionalidade: Itália, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>Baseado no livro de Roberto Saviano, actualmente sob guarda policial e com a cabeça a prémio, “Gomorra” é um documento sobre uma Itália doente que sofre de corrupção crónica. Um país à beira do precipício, onde o crime não é uma alternativa de vida, mas o único modo de sobreviver.

ALIGN=JUSTIFY>O argumento da equipa formada por Maurizio Braucci, Ugo Chiti, Gianni Di Gregorio, Matteo Garrone, Massimo Gaudioso e Roberto Saviano, segue cinco fios narrativos, cada um deles abordando diferentes níveis e efeitos do crime nos subúrbios de Nápoles. Pasquale (Salvatore Cantalupo) é um alfaiate de alta costura que se torna consultor de uma manufactura chinesa. Don Ciro (Gianfelice Imparato) está encarregue dos pagamentos às famílias com membros da Camorra na prisão. Roberto (Carmine Paternoster), um jovem recém-licenciado no seu primeiro trabalho, depara-se com um choque de valores com o seu patrão Franco (Toni Servillo), que gere um dúbio negócio de depósitos de lixos tóxicos. Os adolescentes Marco (Marco Macor) e Ciro (Ciro Petrone), fascinados com os filmes de Brian de Palma sobre a Mafia, roubam armas para montarem o seu “negócio” sem patrões. Toto (Salvatore Abruzzese), de 13 anos, está ansioso por se juntar a uma das famílias do bairro. No meio de favores e ameaças, desculpas e intimidações, todos eles verão a sua lealdade posta à prova.

ALIGN=JUSTIFY>Mas as personagens de “Gomorra” não são as dos habituais filmes de gangsters, e os perigos que vivem estão longe de qualquer glamour. Roberto Saviano nasceu e cresceu em Nápoles e é na tradução dessa realidade que o rodeava que o seu olhar se revela tão íntimo como incómodo. Matteo Garrone adapta este tom documental, fazendo um extenso uso de luz natural, tornando as passagens pelo sombrio e decrépito complexo de apartamentos tão perturbante como os vastos espaços abertos.

ALIGN=JUSTIFY>“Gomorra” não tem o esforço “americano” de juntar as várias histórias para surpresa do espectador. De facto, não interessa se estas personagens se conhecem ou não, elas fazem parte de um mesmo mundo. Um mundo que preferíamos fingir que não existe. “Gomorra” obriga a lembrarmo-nos.








Tropic Thunder **1/2

10.10.08, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Ben Stiller. Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Robert Downey Jr., Brandon T. Jackson, Jay Baruchel, Danny McBride, Nick Nolte, Matthew McConaughey, Steve Coogan, Tom Cruise. Nacionalidade: EUA / Alemanha, 2008.


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ALIGN=JUSTIFY>Na selva do Vietname, um grupo de arrogantes estrelas do cinema tenta fazer um dispendioso filme de guerra. Tugg Speedman (Ben Stiller) é um completo idiota, suficientemente bem sucedido para que os seus caprichos sejam tomados como ordens, mas que se sente menosprezado pela indústria. Jeff Portnoy (Jack Black), é um actor de filmes de acção, reduzido pelo vício da heroína a uma patética e desavergonhada versão de si mesmo. Kirk Lazarus (Robert Downey, Jr.) é um actor australiano galardoado com 5 Oscar que decidiu tingir cirurgicamente a pele para interpretar um afro-americano neste filme. Alpa Chino (Brandon T. Jackson) é um rapper que quer aproveitar a sua incursão no cinema para promover a sua bebida energética Booty Sweat. A completar o grupo está Kevin Sandusky (Jay Barcuhel) um jovem actor, e o único cujo ego parece ter uma dimensão mais normal.

ALIGN=JUSTIFY>Pressionado pelo director do estúdio Les Grossman (um impressionante cameo de Tom Cruise) para terminar o filme, o realizador Damien Cockburn (Steve Coogan) aceita a disparatada ideia de John "Four Leaf" Tayback (Nick Nolte), o soldado que escreveu o argumento auto-biográfico que eles estão a filmar: colocar os actores no meio da selva rodeados de câmaras, longe das suas habituais comodidades, para que vivam as experiências das suas personagens e consigam interpretações credíveis. É óbvio que o plano corre mal; eles acabam por cair nas mãos de traficantes de droga. A especial dificuldade é fazê-los crer que esta se trata de uma guerra real.

ALIGN=JUSTIFY>À semelhança de “Zoolander”, também realizado por Stiller, “Tropic Thunder” ataca o mundo das celebridades, satirizando o conceito dos blockbusters, com as suas inevitáveis vítimas. O sarcasmo em torno de Hollywood e do estatuto de estrela pode até ser ofensivo, mas revela o olhar crítico de quem o observa de perto. Da mistura de arrogância e insegurança que convivem dentro da persona à loucura que advém do “método” como processo interpretativo para “vestir” uma personagens até às últimas consequências.

ALIGN=JUSTIFY>O mérito do argumento de Ben Stiller, Justin Theroux e Etan Cohen é transformar “Tropic Thunder” no exemplo do que ele próprio pretende criticar: um filme de acção com um orçamento desmesurado e cheio de actores de renome que serve pouco mais do que para ocupar aqueles minutos na sala de cinema.

ALIGN=JUSTIFY>Mas entre os momentos de loucura e descontrolo (alguns dos quais conseguem ser brilhantes, como é o caso do conjunto de trailers fictícios que apresentam as personagens principais) há uns compassos de espera que rasam o aborrecido. Uma inconsistência que se estende também às interpretações, sem sombra de dúvidas lideradas por Downey Jr. e Cruise, mas onde Stiller se repete a si mesmo.

ALIGN=JUSTIFY>Numa indústria que se alimenta da tragédia humana (seja ela uma guerra ou uma incapacidade física/psicológica), “Tropic Thunder” pode ser um inocente e revigorante passatempo.


ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>P.S. - Visto num cinema com poltronas, de pernas esticadas, jantar acabado de comer e um copo de copo de vinho tinto na mão, qualquer filme ganha uma dimensão especial.



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ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“I don't read the script. The script reads me.”
ROBERT DOWNEY JR. (Kirk Lazarus)


ALIGN=JUSTIFY>“I don't break character until I'm done recording the DVD commentary...”
ROBERT DOWNEY JR. (Kirk Lazarus)












doclisboa 2008

09.10.08, Rita


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ALIGN=JUSTIFY>Entre os dias 16 e 26 de Outubro irá decorrer na Culturgest, Cinemas Londres e São Jorge, a 6ª edição do Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa.


ALIGN=JUSTIFY>Cerca de 150 obras distribuir-se-ão entre a secção competitiva e as secções paralelas.

ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909>COMPETIÇÃO

COLOR=#BBBBBB>- Competição Internacional (longas, curtas e primeiras obras)
- Investigações
- Competição Nacional


ALIGN=LEFT>COLOR=#E90909>SECCÇÕES PARALELAS

COLOR=#BBBBBB>- Frederick Wiseman - Mostra Retrospectiva
- Diários Filmados II
- Made in China
- Riscos e Ensaios
- Novas Famílias, Novas Identidades (Cinema São Jorge)
- Heart Beat (Cinema São Jorge)
- Maratonadoc (Cinema São Jorge)
- Docs 4 Kids



ALIGN=LEFT>Entre os filmes confirmados, contam-se:

MARADONA BY KUSTURIKA, de Emir Kusturica (Espanha/França, 2008, 95’)
STANDARD OPERATION PROCEDURE, de Errol Morris (EUA, 2008, 116’)
JOGO DE CENA, de Eduardo Coutinho (Brasil, 2007, 105’)
Z 32, de Avi Mograbi (França-Israel, 2008, 81’)
GONZO: THE LIFE AND WORK OF DR. HUNTER S. THOMPSON, de Alex Gibney (EUA, 2008, 119’)


ALIGN=JUSTIFY>Para mais detalhes consultar o site oficial.
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Yummy

04.10.08, Rita


ALIGN=CENTER>SIZE=3>SYNECDOCHE, NEW YORK

de Charlie Kaufman


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ALIGN=JUSTIFY>A estreia na realização do argumentista de “Being John Malkovich” e “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”. O elenco é de fazer água na boca: Philip Seymour Hoffman, Samantha Morton, Michelle Williams, Catherine Keener, Emily Watson, Dianne Wiest, Jennifer Jason Leigh, Hope Davis e Tom Noonan.


ALIGN=CENTER>SIZE=1>(trailer)




ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#BBBBBB>Obrigada Indiana!


ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#E90909>sinédoque
- nome feminino; figura de estilo que se baseia numa relação de compreensão em que se designa o todo pela parte ou a parte pelo todo, o plural pelo singular ou o singular pelo plural, etc. (ex.: o homem por a espécie humana); do gr. synekdokhé, «compreensão de várias coisas ao mesmo tempo», pelo lat. synecdòche-, «id.»

COLOR=#BBBBBB SIZE=1>in Dicionário Porto Editora

















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