Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

House of the Flying Daggers ****

31.03.05, Rita

T.O.: Shi mian mai fu. Realização: Zhang Yimou. Elenco: Takeshi Kaneshiro, Andy Lau, Zhang Ziyi, Dandan Song. Nacionalidade: China / Hong Kong, 2004.





859 AD. Final da Dinastia Tang. Os polícias Jin (Kaneshiro) e Leo (Lau) montam um plano para capturar a líder do cada vez mais poderoso grupo de resistência Casa dos Punhais Voadores. Obtêm a informação de que uma das trabalhadoras de um “centro de ócio”, dirigido pela Madame Yee (Song), faz parte do grupo. A suspeita recai sobre Mei (Ziyi), uma bela dançarina cega, de sentidos apurados e excepcionais capacidades marciais. Jin faz-se passar por um cliente e depois de a salvar da prisão, inicia todos os esforços para ganhar a sua confiança, e assim conseguir o seu propósito. Mas durante a fuga, e apesar dos avisos de Leo, os sentimentos de Jin começam a ir para além do dever. Ou talvez não.


“House of the Flying Daggers” é um drama sentimental quase-Shakespeariano que, a cada momento, nos surpreende com uma nova forma de ver os personagens, entre jogos de traições cujos véus se vão levantando com o ritmo certo. A acompanhar os violentos sentimentos de amor e ódio, as cenas de acção são também elas carregadas de coreografias artisticamente irrepreensíveis.


A comparação com “Hero” (2002), o anterior filme de Yimou, é inevitável, mas enquanto o primeiro se baseava essencialmente na estilização para contar a história, este recai bastante mais nos personagens para construir o enredo e os momentos de tensão. Mais do que no anterior, as emoções e as acções são levadas ao extremo, em nome da política e em nome do amor.


O elemento comum reside, sobretudo, no aspecto visual do filme, cujo design de produção e guarda-roupa estiveram a cargo da mesma equipa de “Hero”, Huo Tingxiao e Emi Wada, respectivamente. A fotografia de Christopher Doyle foi substituída, sem qualquer perda de qualidade, pela de Zhao Xiaoding. Adicionando os soberbos efeitos especiais, fica completo este banquete cinematográfico, cheio de belíssimas imagens, de cores intensas e cenários impressionantes.


A falha deste filme, que arrecada a quinta estrela, prende-se com o não cumprimento da sua premissa inicial, ou seja, o confronto das forças governamentais com os dissidentes. Yimou preferiu claramente concentrar-se no conflito amoroso, deixando no ar o desfecho geral. Mais uma vez, a realidade global acaba apenas por ser o cenário dos dramas particulares.




OS DIAS DO DOCUMENTÁRIO - O Regresso às Salas Vazias

31.03.05, Rita

 

Sessões com 3, 4, 6 pessoas, nunca mais do que meia sala (com talvez uma excepção), foi este o panorama com que me deparei na 3ª edição dos Dias do Documentário, que decorreu na Sala 3 do cinema King entre 17 e 23 de Março. Depois da euforia que foi o DocLX, pergunto-me se terá passado a febre pelo cinema documental ou terá simplesmente faltado a palavra Festival algures no título do certame.

 

por Sérgio

 

The Assassination of Richard Nixon ****

30.03.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Niels Mueller. Elenco: Sean Penn, Naomi Watts, Don Cheadle, Jack Thompson, Brad Henke, Michael Wincott. Nacionalidade: EUA / México, 2004.


SRC= http://romanticmovies.about.com/library/graphics/assassinationofrichardnixonpuba.jpg>


ALIGN=JUSTIFY>Com este título, seria de esperar que esta primeira realização de Niels Mueller estivesse carregada de referências políticas, mas Mueller prefere centrar-se no drama pessoal de Samuel Bicke (Penn), que em 1974 tentou sequestrar um avião e fazê-lo despenhar sobre a Casa Branca, matando o presidente em funções, Richard Nixon.

ALIGN=JUSTIFY>Bicke não era um activista, era um homem desesperado, cuja vida estava numa vertiginosa espiral descendente. Talvez apenas procurasse um culpado para os problemas que não conseguia resolver e Nixon representava o tal “sistema”. Ou talvez a hipocrisia do “sonho americano” e da “terra das oportunidades” tivesse virado um pesadelo para aqueles que não conseguem dormir descansados.

ALIGN=JUSTIFY>O patrão de Bicke (Thompson) apresenta-o ao vendedor perfeito, Nixon, que vendeu o país duas vezes, com a mesma mentira de que terminaria com a guerra do Vietname. Mas mais do que contra Nixon, Bicke revolta-se contra uma América tão baseada no capitalismo que quem tenha um azar na vida é impedido de voltar a pôr-se de pé sem recurso à desonestidade. Bicke não odeia o dinheiro, apenas odeia ter de mentir para o conseguir, e chega o momento em que decide deixar de sacrificar a sua integridade.

ALIGN=JUSTIFY>Esse momento conjuga três tragédias pessoais: a sua mulher, Marie (Watts), envia-lhe os papéis do divórcio; o seu irmão Julius (Wincott) abandona-o; e o empréstimo para o seu negócio de pneus é recusado pelo banco. Objectivamente, todos estes acontecimentos têm razão de ser, mas Mueller coloca Penn em cada cena para que não nos desviemos nunca do ponto de vista subjectivo de Bicke. E, dentro da sua cabeça, somos nós mesmos a culpar o “sistema” por todos os seus azares.

ALIGN=JUSTIFY>Bicke gravou obsessivamente cassetes endereçadas ao compositor Leonard Bernstein, cuja música lhe transmitia toda a verdade e beleza que ele não encontrava no mundo. Nestas, ele confessava todas as suas preocupações morais, recusando-se sempre a compreender a sua própria responsabilidade nos acontecimentos.

ALIGN=JUSTIFY>Penn está perfeito: socialmente incapaz, incoerente, patético nas suas fixações, na sua raiva e, muito possivelmente, na esquizofrenia de Bicke. Nas belas cenas dramáticas com Watts percebemos, sem que se mostre ou seja dito, tudo o que correu mal entre eles, através das suas expressões alternadamente cheias e vazias de esperança.

ALIGN=JUSTIFY>Mueller faz-nos testemunhas da crescente agonia e desintegração de Bicke (será coincidência o apelido original Bick ter sido mudado para Bicke, numa aproximação a Bickle, o personagem de Robert De Niro em “Taxi Driver” de Martin Scorsese, 1976?), observando de perto as circunstâncias que podem levar uma pessoa a tomar medidas extremas.
ALIGN=JUSTIFY>Apesar da coincidência de este filme surgir num momento em que novamente a América se encontra a braços com uma guerra e sob o jugo de um presidente que metade do país apelida de mentiroso, este projecto foi iniciado quando Clinton ainda estava no poder. Ironias...


WIDTH=70% COLOR=#E90909 SIZE=1>


ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“My name is Sam Bicke, and I consider myself a grain of sand.”
SEAN PENN (Samuel Bicke)


ALIGN=JUSTIFY>“Certainty is the disease of kings.”

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Slavery never really ended in this country. They just gave it another name: Employee.”
SEAN PENN (Samuel Bicke)


ALIGN=JUSTIFY>“Richard Nixon is the greatest salesman of all time; he managed to sell the country on the same promise twice, without ever once delivering.”
JACK THOMPSON (Jack Jones)

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“It's all about the money, Dick! It's all about the money, Dick! It's all about the money, Dick! It's all about the money, Dick! It's all about the money, Dick!”
SEAN PENN (Samuel Bicke)












Birth - O Mistério **

29.03.05, Rita

Realização: Jonathan Glazer. Elenco: Nicole Kidman, Cameron Bright, Danny Huston, Lauren Bacall, Alison Elliott, Arliss Howard, Michael Desautels, Anne Heche, Peter Stormare. Nacionalidade: EUA, 2004.





O conceito: o marido de Anna (Kidman) morreu enquanto fazia jogging em Central Park. Passados 10 anos, Anna está noiva de Joseph (Huston). Na festa de aniversário da sua mãe, Eleonor (Bacall), um rapaz com o mesmo nome do seu marido, Sean (Bright), entra em sua casa afirmando ser o seu falecido marido e tentando convencê-la a não casar e a acreditar na sua palavra. Anna vê os seus sentimentos pelo marido reavivarem-se à medida que o rapaz produz cada vez mais detalhes pessoais que só ele podia saber.


“Birth” é o exemplo de como uma boa ideia pode ser conduzida da forma errada.


Para começar, baseia-se em muitas cenas sem diálogo, inertes, que se pretendem intensas e cheias de significado, sobretudo os grandes planos de Kidman (consideravelmente prejudicada pelo novo visual). O efeito acaba apenas por ser um longo bocejo. As poucas palavras ditas, repetidas à exaustão, transmitem tanta emoção como um bloco de cimento (e este ainda pode ser visto como arte).


Para terminar, até ao final do filme esperamos um twist no argumento que nos prove que a primeira cena do filme não estragou tudo, ao desvendar o mistério. Pois, não existe nenhum mistério, a não ser o de como se consegue estragar uma boa premissa.


O ponto alto do filme é a cena inicial, com uma magnitude emocional ampliada pela música de Alexandre Desplat (“Girl With a Pearl Earring” de Peter Webber, 2003). A partir daí é um longo arrastar de subtilezas, que mais do que servirem para desafiar o pensamento do espectador, marcam a falta de coragem de um realizador.


O choque de classes é aflorado no contraste entre a família pobre donde vem Sean e a rica de Anna. A questão da maternidade está também subjacente, patente pela sua ausência nos relacionamentos de Anna, no facto da sua irmã só agora ter conseguido engravidar, e na atracção de Anna por este rapaz de 10 anos.


Das interpretações, fica-nos uma Bacall que enche o ecrã, uma Anne Heche subaproveitada e um Cameron Bright com algum potencial.


Da controvérsia da contracena de Kidman com Bright, com alusões sexuais, não há muito a dizer, dada a dormência de toda a história. O desejo não existe, e o amor reclamado, um pouco a exemplo de todo o filme, foi injectado com tanto botox que não tem expressão.



The Ring Two **1/2

28.03.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Hideo Nakata. Elenco: Naomi Watts, David Dorfman, Simon Baker, Elizabeth Perkins, Gary Cole, Sissy Spacek. Nacionalidade: EUA, 2005.


SRC= http://images.rottentomatoes.com/images/movie/gallery/10003595/photo_19.jpg>


ALIGN=JUSTIFY>A sequela de “The Ring – O Aviso” continua a história do drama de uma mãe que tenta salvar o seu filho de um espírito maligno. Retomando o fio alguns meses depois dos primeiros eventos, Rachel (Watts) mudou-se com o seu filho Aidan (Dorfman) de Seattle para uma pequena cidade em Oregon, tentando afastar-se das terríveis experiências por que ambos passaram às mãos do espírito de Samara e da sua amaldiçoada cassete de vídeo. Mas o passado não ficou para trás e voltou para reclamar a sua paz.

ALIGN=JUSTIFY>Apesar de Rachel apenas ter feito uma cópia da cassete, ela parece ter conseguido vir ao seu encontro. Como? Isso não importa. E parece que os argumentistas também acharam que não era um detalhe relevante, porque deixaram-nos sem explicação.

ALIGN=JUSTIFY>Ainda não me tinha sentado bem na cadeira e já estava a dar um salto. O resto do filme, vi-o através dos meus dedos, com as mãos protegendo-me nem sei bem do quê. Calculo que esta seja uma boa medida de avaliação para um filme de terror. A questão é que, no final, fica um conjunto de momentos assustadores sem um fio condutor verdadeiramente relevante. Abusando de todos os clichés de filmes de terror (a casa grande, a noite, a música), “The Ring Two” torna-se previsível.

ALIGN=JUSTIFY>Sem excessos de hemoglobina, este é um filme que até consegue um bom nível de suspense e alguns momentos genuinamente aterradores. Em grande parte devido à atmosfera criada pela fotografia de Gabriel Baristain. Em termos de história, no entanto, fica consideravelmente aquém do primeiro. O que não deixa de ser irónico, uma vez que este remake do êxito japonês “Ringu” é dirigido pelo seu realizador original, Hideo Nakata.

ALIGN=JUSTIFY>Quanto às interpretações: Naomi Watts é bem melhor do que isto; enquanto David Dorfman está particularmente natural como criança possuída. Mas os destaques vão para Elizabeth Perkins, numa pequena aparição como Dra. Emma Temple, e para Sissy Spacek, no papel de Evelyn, com a participação mais arrepiante deste filme.

ALIGN=JUSTIFY>A melhor cena: sem dúvida, o incidente em que a água, num atrevido desafio à gravidade, inunda a casa-de-banho.

ALIGN=JUSTIFY>Veredicto: aconselhável, para quem quiser um choque de adrenalina, sem grandes consequências.


WIDTH=70% COLOR=#E90909 SIZE=1>


ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“The dead don't dream, and the dead never sleep.”
SISSY SPACEK (Evelyn)










The Life Aquatic With Steve Zissou ****

23.03.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: Wes Anderson. Elenco: Bill Murray, Owen Wilson, Cate Blanchett, Anjelica Huston, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Michael Gambon, Noah Taylor, Bud Cort, Seu Jorge, Robyn Cohen, Waris Ahluwalia, Niels Koizumi, Pawel Wdowczak, Matthew Gray Gubler. Nacionalidade: EUA, 2004.


SRC= http://images.rottentomatoes.com/images/movie/gallery/1139230/photo_01.jpg>


ALIGN=JUSTIFY> “Um Peixe Fora de Água” é uma aventura inspirada no oceanógrafo Jacques Cousteau, que une, com uma linha surreal e imaginativa, drama, comédia, acção e tragédia. Tendo em conta o passado de Anderson, a originalidade flagrante desta história acaba por não ser exactamente uma surpresa, mas uma constatação. O que não é dizer pouco.

ALIGN=JUSTIFY>Steve Zissou (Murray) e a sua equipa de filmagens subaquáticas têm vindo a desvendar os segredos dos Oceanos em episódios. O último relata a morte do melhor amigo de Zissou pela boca de uma tubarão-jaguar. E o próximo, que Zissou anuncia perante uma audiência estupefacta, irá consistir numa viagem de perseguição e vingança.

ALIGN=JUSTIFY>Pelo meio há um filho que aparece passados 30 anos (Wilson), uma persistente jornalista inglesa grávida (Blanchet), um observador de uma seguradora (Cort), uma tripulação que filma, canta, faz topless e rouba maquinaria de investigação à concorrência (Goldblum num delicioso arqui-inimigo), e uma crise matrimonial (Huston, intemporalmente bela).

ALIGN=JUSTIFY>O ‘peixe fora de água’ é o próprio Zissou, que perde a sua referência profissional, ao embarcar numa vingança irracional, pondo em risco o seu trabalho e a sua equipa; e a sua referência emocional, ao negligenciar o casamento com a mulher que ama. Zissou usa o tema “relação familiar” para o enredo do documentário que está a filmar, na tentativa de recuperar o seu protagonismo, e a sua relutante figura paternal, à semelhança de “The Royal Tenenbaums” (Wes Anderson, 2001) faz com que o drama familiar acabe por dominar a vertente Moby Dick da história.
ALIGN=JUSTIFY>A narrativa usa conceitos elementares de diversas tipologias cinematográficas, do drama familiar aos filmes de aventura, e, nas mãos de outro realizador, seria fácil estarmos perante um aborrecido cliché. Mas através da hipérbole, Anderson cria uma realidade espelho, que mostra as dores épicas e ridículas da vida humana. Através da comédia, camufla as inseguranças das personagens, criando uma fusão de gargalhadas com momentos de contemplação.

ALIGN=JUSTIFY>O elenco é impressionante, quer em nomes, quer no trabalho efectuado. De salientar Dafoe, como Klaus, o assistente alemão de Zissou, num registo hilariante de ciúme e possessividade. E, claro, Murray, mais uma vez exímio na dor existencial.

ALIGN=JUSTIFY>A realização fluida surpreende pelos planos eficazes e os ângulos de filmagem. A fantasia de Anderson vai desde as criaturas fantásticas (deliciosas animações de Henry Selick – “The Nightmare Before Christmas”, 1996) ao impressionante cenário construído do corte transversal do Belafonte, o barco de Zissou, um antigo caça submarinos. Com um destaque também para o guarda-roupa, este é um filme de cores fortes.

ALIGN=JUSTIFY>A música de Bowie cantada em brasileiro por Seu Jorge (“Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, 2002) é algo, no mínimo, deslocado, tal como as próprias personagens. Um grupo de “marginais” deslocados nas suas acções e, muitas vezes, nas suas palavras.

ALIGN=JUSTIFY>Abusando de num diálogo inteligente, com um humor trabalhado e irónico, Anderson oferece-nos, do fundo do mar, uma pérola.


WIDTH=70% COLOR=#E90909 SIZE=1>


ALIGN=JUSTIFY>CITAÇÕES:

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Cientista [referindo-se ao tubarão-jaguar] - What would be the scientific purpose of killing it?
Steve Zissou (BILL MURRAY) - Revenge.”


ALIGN=JUSTIFY> “Steve Zissou (BILL MURRAY) - You're supposed to be my son, right?
Ned Plimpton (OWEN WILSON) - I don't know. But I did want meet you, just in case.”

ALIGN=JUSTIFY>COLOR=#AAAAAA>“Ned Plimpton (OWEN WILSON) - Why didn't you ever try to contact me?
Steve Zissou (BILL MURRAY) - Because I hate fathers, and I never wanted to be one.”


ALIGN=JUSTIFY> “Steve Zissou (BILL MURRAY) - We'll split into two groups. I'll take Ned, Ogata, and Wolodarsky.
Klaus Daimler (WILLEM DAFOE) - Thanks. Thanks a lot for not picking me...”










IndieLISBOA 2005 - Programação

22.03.05, Rita



Foi ontem anunciada a programação para a 2ª edição do Festival de Cinema Independente de Lisboa, o IndieLISBOA, que terá lugar de 21 de Abril a 1 de Maio, no Fórum Lisboa e Cinemas King.



COMPETIÇÃO

Longas Metragens
4 de Ilya Khrzhanovsky (RÚSSIA, 126 min.)
AALTRA de Benoît Delépine e Gustave Kervern (BÉLGICA, 93 min.)
LE CONSEGUENZE DELL’AMORE de Paolo Sorrentino (ITÁLIA, 100 min.)
DIAS DE SANTIAGO de Josué Méndez (PERU, 83 min.)
FOLIE PRIVÉE de Joachim Lafosse (BÉLGICA, 67 min.)
THE FOREST FOR THE TREES de Maren Ade (ALEMANHA, 81 min.)
ONO de Malgosia Szumowska (POLÓNIA, 110 min.)
PARAPALOS de Ana Poliak (ARGENTINA, 93 min.)
PRIVATE de Saverio Constanzo (ITÁLIA, 90 min.)
SUND@Y SEOUL de Oh Myung-hoon (COREIA DO SUL, 72 min.)
TO TAKE A WIFE de Roni e Shlomi Elkabetz (ISRAEL /FRANÇA, 97 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 1
LUREX de Marinella Setti (REINO UNIDO, 6 min.)
FARE BENE MIKLES de Christian Angeli (ITÁLIA, 17 min.)
FLATLIFE de Jonas Geirnaert (BÉLGICA, 11 min.)
HOME SWEET HOME de Hye-jung Um (COREIA DO SUL, 18 min.)
ALGUÉM OLHARÁ POR TI de Marta Pessoa (PORTUGAL, 14 min.)
THE CARPENTER AND HIS CLUMSY WIFE de Peter Foott (IRLANDA, 14 min.)
UNDRESSING MY MOTHER de Ken Wardrop (IRLANDA, 6 min.)
THE LAST FARM de Runar Runarsson (ISLÂNDIA, 17 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 2
CHYENNE de Alexander Meier (SUIÇA, 5 min.)
STREETS de Jon Howe (REINO UNIDO, 15 min.)
BEK de Lucette Braune (HOLANDA, 12 min.)
MINA DE FÉ de Luciana Bezerro (BRASIL, 15 min.)
HOME GAME de Martin Lund (NORUEGA, 10 min.)
BOY de Welby Ings (NOVA ZELÂNDIA, 15 min.)
THE QUIET ONE de Danyael Sugawara (HOLANDA, 31 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 3
FOR YOUR BLOSSOM de Gaku Kinoshita (REINO UNIDO, 6 min.)
BONTEN de Keisaku Sato (JAPÃO, 24 min.)
COLLECTIVE de Ruben Santiago (PORTUGAL, 4 min.)
THE MAN ON THE BACK de Jon Gnarr (ISLÂNDIA, 17 min.)
TIBBAR de Leo Wentink (HOLANDA, 12 min.)
UNTITLED SEQUENCE de Edgar Santinhos e Telmo Ramos (PORTUGAL, 3 min.)
COM UMA SOMBRA NA ALMA de Fernando Galrito e João Ramos (PORTUGAL, 10 min.)
SLUT de Jonathan Sjöberg (SUÉCIA, 13 min.)
WHO DO YOU LOVE? de Jim McRoberts (REINO UNIDO, 10 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 4
MERCY de Candida Scott Knight (REINO UNIDO, 10 min.)
SOLO de Marina Simões (REINO UNIDO, 11 min.)
EVERYTHING WAS LIFE de Ellie Land (REINO UNIDO, 4 min.)
THE CRAWL de PV Lehtinen (FINLÂNDIA, 6 min.)
A BUCK’S WORTH de Tatia Rosenthal (EUA, 8 min.)
DANS L’OMBRE de Oliver Masset-Depasse (BÉLGICA, 29 min.)


OBSERVATÓRIO

Longas Metragens
A HOLE IN MY HEART de Lukas Moodyson (SUÉCIA, 98 min.)
À TOUT DE SUITE de Benoît Jacquot (FRANÇA, 95 min.)
ADRIANA de Margarida Gil (PORTUGAL, 102 min.)
AE FOND KISS de Ken Loach (REINO UNIDO, 103 min.)
FAMILIA RODANTE de Pablo Trapero (ARGENTINA, 103 min.)
HE GIRL FROM MONDAY de Hal Hartley (EUA, 84 min.)
LE PONT DES ARTS de Eugène Green (FRANÇA, 126 min.)
SUMAS Y RESTAS de Victor Gaviria (COLÔMBIA, 108 min.)
YESTERDAY ONCE MORE de Johnnie To (HONK KONG, 98 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 1
BROADCAST 23 de Tom Putman (EUA, 8 min.)
METAMORFOSIS de Fran Estevez (ESPANHA, 20 min.)
THROUGH MY THICK GLASSES de Pjotr Sapegin (NORUEGA / CANADÁ, 13 min.)
DIEZ MINUTOS de Alberto Ruiz Rojo (ESPANHA, 15 min.)
USELESS DOG de Ken Wardrop (IRLANDA, 5 min.)
RYAN de Chris Landreth (CANADÁ, 14 min.)
HIMMELFILM de Jiska Rickels, Sanne Kurz (ALEMANHA, 15 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 2
COMPASSOS DE ESPERA de Pedro Paiva (PORTUGAL, 25 min.)
EL OTRO SUEÑO AMERICANO de Enrique Arroyo (MÉXICO, 10 min.)
JUST A MINUTE MINUTE YOKO de Bea de Visser (HOLANDA, 1 min.)
FABRIKA de Sergej Loznika (RÚSSIA, 30 min.)
BIKINI de Lasse Persson (SUÉCIA, 6 min.)
IL MARE de Salvatore Mereu (ITÁLIA, 23 min.)
L’HOMME SANS L’OMBRE de Georges Schwizgebel (SUIÇA / CANADÁ, 10 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 3
TATANA de João Ribeiro (PORTUGAL, 18 min.)
FLURE (N.º 2) de Tessa Knapp (ALEMANHA, 4 min.)
HOW I FEEL de Gonçalo Luz (PORTUGAL, 19 min.)
MON PETI’ CONCURS AQUATIQUE de Maurice Huvelin (FRANÇA, 2 min.)
NORTH KOREA, A DAY IN THE LIFE de Pieter Fleury (HOLANDA, 48 min.)

Curtas Metragens - PROGRAMA 4
UM HOMEM de Laurent Simões (PORTUGAL, 26 min.)
RUN de Hady Shuaib (REINO UNIDO, 5 min.)
THE BORDER de Zahavi Sanjavi (IRAQUE, 27 min.)
ON A WEDNESDAY NIGHT IN TOKYO de Jan Verbeek (ALEMANHA / JAPÃO, 5 min.)
PHANTOM LIMB de Jay Rosenblatt (EUA, 28 min.)
FABRICA DE ENAÑOS de Diego Fernandez (URUGUAI, 10 min.)


HERÓI INDEPENDENTE

RETROSPECTIVA JIA ZHANG-KE
PICKPOCKET de Jia Zhangke (CHINA, 105 min.)
PLATFORM de Jia Zhangke (CHINA, 193 min.)
IN PUBLIC de Jia Zhangke (CHINA, 30 min.)
UNKNOWN PLEASURES de Jia Zhangke (CHINA, 112 min.)
THE WORLD de Jia Zhangke (CHINA, 136 min.)

NOVO CINEMA ARGENTINO
Longas Metragens

ANA Y LOS OTROS de Celina Murga (80 min.)
BALNEARIOS de Mariano Llinás (80 min.)
CABEZA DE PALO de Ernesto Baca (60 min.)
CAJA NEGRA de Luis Ortega (81 min.)
EXTRANO de Santiago Loza (85 min.)
LA LIBERTAD de Lisandro Alonso (73 min.)
LA MECHA de Raul Perrone (90 min.)
MODELO 73 de Rodrigo Moscoso (75 min.)
MUNDO GRUA de Pablo Trapero (90 min.)
SÁBADO de Juan Villegas (76 min.)
LOS RUBIOS de Albertina Carri (89 min.)

Curtas Metragens
ABASTO/CANES de Martín Mainoli (10 min.)
BARBIE de Albertina Carri (24 min.)
BLANCA & NEGRO de Martín Mainoli (7 min.)
JR. de Martín Mainoli (5 min.)
KENNY de Martín Mainoli (5 min.)
KENNY II de Martín Mainoli (5 min.)
NEGOCIOS de Pablo Trapero (18 min.)
NOS VAMOS TODOS A CASA de Martín Mainoli (5 min.)
LA PRUEBA de Diego Lerman (17 min.)
REY MUERTO de Lucrecia Martel (13 min.)


SESSÕES ESPECIAIS

Filme de Abertura
BORN INTO BROTHELS de Zana Briski e Ross Kauffman (EUA, 85 min.)

Filme de Encerramento
MY SUMMER OF LOVE de Pawel Pawlikowski (REINO UNIDO, 86 min.)

Director’s Cut
THE BIG RED ONE – THE RECONSTRUCTION de Samuel Fuller (EUA, 157 min.)

Indie Junior - PROGRAMA 1
CONCERT FOR A CARROT PIE de Heiki Ernits e Janno Poldma (ESTÓNIA, 11 min.)
CAPTAIN BLIGHT de Derek Roczen (ALEMANHA, 4 min.)
THE DEPOT de Esben Tønnesen (DINAMARCA, 6 min.)
GIRLS DON’T BELCH de Lina Linde (SUÉCIA, 3 min.)
DREAM THIEF de Gaku Kinoshita (REINO UNIDO, 3 min.)
LUNOLIN de Cecilia Marreiros Marum (BÉLGICA, 8 min.)
TOUMAÏ de Rebecka Llerena (SUÉCIA, 5 min.)
LITTLE PIG IS FLYING de Alicja Jaworksi (SUÉCIA, 9 min.)
FLATLIFE de Jonas Geirnaert (BÉLGICA, 11 min.)

Indie Junior - PROGRAMA 2
LITTLE THINGS de Daniel Greaves (REINO UNIDO, 11 min.)
ANNIE & BOO de Johannes Weiland (ALEMANHA, 15 min.)
COSMIX de Agostinho Marques (PORTUGAL, 10 min.)
GIRL POWER de Per Carleson (SUÉCIA, 3 min.)
GLEN, THE GREAT RUNNER de Anna Erlandsson (SUÉCIA, 3 min.)
AGRICULTURAL REPORT de Sydney Padua (IRLANDA, 3 min.)
PILALA de Theo Papadopoulos (GRÉCIA, 18 min.)
FLATLIFE de Jonas Geirnaert (BÉLGICA, 11 min.)

Ante-estreias
INFERNAL AFFAIRS (I, II, III) de Andrew Lau e Alan Mak (HONG KONG, 101/119/109 min.)
MEAN CREEK de Jacob Aaron Estes (EUA, 87 min.)
LOS MUERTOS de Lisandro Alonso (ARGENTINA, 78 min.)
PALINDROMES de Todd Solondz (EUA, 100 min.)
SOMERSAULT de Cate Shortland (AUSTRÁLIA, 106 min.)
THUMBSUCKER de Mike Mills (EUA, 96 min.)
TROPICAL MALADY de Apichatpong Weerasethakul (TAILÂNDIA / FRANÇA, 118 min.)


Prevê-se uma gestão de agenda com muita ginástica. Encontramo-nos por lá.



Les Temps Qui Changent ***

21.03.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>Realização: André Téchiné. Elenco: Catherine Deneuve, Gérard Depardieu, Gilbert Melki, Malik Zidi, Lubna Azabal, Tanya Lopert, Nabila Baraka, Nadem Rachati, Idir Elomri, Jabir Elomri. Nacionalidade: França, 2004.


SRC=http://www.linternaute.com/cinema/image_diaporama/540/les-temps-qui-changent-1158.jpg>


ALIGN=JUSTIFY>Neste filme, Téchiné resolveu pegar no amor e sujeitá-lo ao maior teste possível: a passagem do tempo.

ALIGN=JUSTIFY>Antoine (Depardieu) é um bem sucedido homem de negócios. Há 30 anos atrás, terminou a relação com o amor da sua vida, Cécile (Deneuve), e, desde então, abraçou a solidão como forma de se manter mais perto dela. A sua chegada a Tânger sob pretexto de supervisionar uma obra, mais não é do que a desculpa para procurar Cécile, que vive ali com a sua família: Nathan (Melki), o seu marido; e Sami (Zidi), o filho recém-chegado de Paris, inesperadamente acompanhado pela namorada marroquina Nadia (Azabal) e o seu filho Saïd (Elomri).

ALIGN=JUSTIFY>Este é um tempo de confronto. Pressionada pelo aparecimento de Antoine e pelo seu constante acosso, Cécile inicia uma espiral descontrolada de emoções, na luta entre a paixão avassaladora que sentiu no passado por Antoine e o casamento rotineiro de 20 anos que a une a Nathan.

ALIGN=JUSTIFY>Mas também Sami se depara com a sua antiga atracção por Bilal (Rachati), confrontando-se com uma homossexualidade que tem vivido de forma incerta. Para Nadia é o regresso aos tranquilizantes e a tentativa de reencontrar a irmã gémea que se recusa a vê-la.

ALIGN=JUSTIFY>Cada personagem enfrenta a sua própria história e a perda do seu ideal romântico. Apenas Antoine se mantém coerente com o que sempre sentiu. Mas o que será pior: a perda de um ideal ou o desperdício de uma vida por causa desse ideal?

ALIGN=JUSTIFY>Com uma realização vibrante, de câmara em riste e uma montagem ritmada, Téchiné traduz o movimento perpétuo que separa e junta as pessoas, que mistura a realidade e a ilusão, o presente e o passado, a vontade de partir e o dever de ficar. A escolha de Tânger funciona também neste sentido, uma cidade entre o Ocidente e o Oriente, que vive entre os tradicionais ideias islâmicos e uma nova tecnocracia sem alma.

ALIGN=JUSTIFY>Um Depardieu renovado e uma Deneuve descontraída são os líderes de um elenco consistente, protagonizando – com as devidas falhas humanas de indecisão e traição – o combate entre o amor ideal e o amor realista, na tentativa de escapar à inércia da sua existência.

ALIGN=JUSTIFY>A epifania desta história dá-se com um acidente improvável de um dos personagens. Talvez pelo excesso de romantismo de Téchiné, a história tem aqui o seu ponto fraco, que conduz o filme a um final fácil.

ALIGN=JUSTIFY>Os tempos mudam. E com eles, as relações, as culturas, as cidades, e o amor. Cabe-nos a nós saber discernir o que merece a pena perpetuar e lutar por aquilo em que acreditamos.






Adeus, Dragon Inn ***

18.03.05, Rita

ALIGN=JUSTIFY>T.O.: Bu San. Realização: Tsai Ming-Liang. Elenco: Lee Kang-sheng, Chen Shiang-chyi, Mitamura Kiyonobu, Chun Shih, Miao Tien, Chen Chao-jung, Yang Kuei-Mei. Nacionalidade: Taiwan, 2003.


SRC=http://www.diaphana.fr/films/goodbyedragoninn/photos/large/goodbyedragoninn6.jpg>


ALIGN=JUSTIFY>No cinema Fu-Ho de Taipei, projecta-se o filme “Dragon Inn” (Hu King, 1966). Ao longo da história percebemos que se trata da última sessão deste cinema em ruínas. Mas os seus poucos espectadores parecem mais interessados em fumar, comer ou passear do que em ver o filme, talvez justificando o lamento que o cinema perdeu, nos dias de hoje, grande parte do seu magnetismo.

ALIGN=JUSTIFY>Um turista japonês (Kiyonobu) foge da chuva. Como um convite, segura um cigarro por acender, até ser conduzido ao corredor secreto onde passam homossexuais, como sombras anónimas. A jovem que trabalha na bilheteira (Shiang-chyi) coxeia pelas escadas e corredores, procurando o evasivo projeccionista (Kang-sheng).

ALIGN=JUSTIFY>Apenas um idoso (Tien) e o seu neto, e um homem circunspecto (Shih), vêem com atenção o que se passa na tela. Mais tarde percebemos que ambos são os jovens protagonistas da obra projectada. Num filme marcado pela frieza e pelo desencanto, o reencontro de ambos é o momento mais caloroso, adicionado-se, no entanto, à tristeza geral.

ALIGN=JUSTIFY>“Adeus, Dragon Inn” é um filme amargo sobre a solidão e o isolamento, o seu silêncio e os seus ecos. O cinema é aqui o espaço onde se cruzam, como fantasmas, vidas desligadas, onde as emoções não se tocam. É também uma história sobre o desejo e a perda.

ALIGN=JUSTIFY>Ming-Liang filma de uma forma extremamente lenta, arrastando-nos para o desespero dos seus personagens, para a angústia do seu sofrimento, e deixa-nos também a nós no mesmo silêncio. O contraste com a acção que se desenrola na tela é evidente.

ALIGN=JUSTIFY>O cinema torna-se o personagem mais importante da história, todos os recantos nos são mostrados, os corredoras, as janelas, as goteiras que deixam entrar a chuva. Como as rugas de um velho moribundo, todas as fissuras deste edifício degradado contam a história de quem passou por ali.

ALIGN=JUSTIFY>Mas é também ao cinema como experiência, como acto de dedicação e de afecto, que Ming-Liang se refere. E se o carácter abstracto deste filme o torna uma peça difícil de absorver, é talvez mais fácil entender o seu objecto: a ligação emocional que se atinge no escuro com a partilha de uma mesma experiência.






Invasão Asiática

11.03.05, Rita

Depois de uma semana muito fraca no que a estreias cinematográficas disse respeito (mas às vezes dá jeito uma semana destas para conseguir por a agenda em dia), é com prazer que assinalamos nesta uma série de novidades de boa monta. E em particular a estreia em simultâneo de 3 filmes vindos do continente asiático, e ainda por cima filmes bem distintos, quer quanto às suas temáticas quer quanto ao seu estilo e mesmo quanto à sua origem (mas só mesmo este nosso espirito eurocentrista para criar esta formula do cinema asiático).


Assim, das artes marciais de "O Segredo dos Punhais Voadores" de Zhang Yimou, nome maior da 5ª geração do cinema chinês e realizador de (o para mim muito sobrevalorizado) "Herói", ao fantástico de "Old Boy" do coreano Park Chan-Wook, filme já de culto premiado em Cannes e no Fantasporto, passando pelos silêncios de Tsai Ming-Liang agora com "Adeus Dragon Inn", ficamos esta semana perante uma imagem mais abrangente do cinema que se faz hoje naquele continente.


Em nome da diversidade e do bom cinema, que sejam muito bem vindos.




por Sérgio

 

Pág. 1/2