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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

The Bourne Ultimatum ***

11.10.07, Rita

Realização: Paul Greengrass. Elenco: Matt Damon, Julia Stiles, David Strathairn, Scott Glenn, Paddy Considine, Edgar Ramirez, Albert Finney, Joan Allen. Nacionalidade: EUA, 2007.





Depois de “The Bourne Identity” e de “The Bourne Supremacy”, “The Bourne Ultimatum” vem fechar a trilogia escrita por Robert Ludlum entre 1980 e 1990 sobre um assassino com amnésia em busca de respostas para a sua identidade perdida.


Para o devido desfrute deste filme de acção, é fortemente recomendado o visionamento das duas anteriores adaptações. Até porque, ao contrário de muitos projectos episódicos, este demonstra uma qualidade e consistência acima da média, com Paul Greengrass repetindo na cadeira de realizador.


A acção começa seis semanas após “The Bourne Supremacy” (atenção ao elo de ligação entre os dois). Jason Bourne (Matt Damon) descobre que o jornalista Simon Ross (Paddy Considine) está a escrever matérias sobre ele e que ameaça desvendar a conspiração por trás da Operação Blackbriar, inserida no Projecto Treadstone. Bourne está decidido a desvendar qual a fonte de Ross, ao mesmo tempo que tenta salvar a sua própria vida. O grande duelo deste filme é entre Bourne e o operacional da CIA Noah Vosen (David Strathairn), sob a direcção de Ezra Kramer (Scott Glenn) e com a moderação moral da responsável Pamela Landy (Joan Allen). Para Bourne, a ajuda surge-lhe na improvável agente da CIA Nicky Parsons (Julia Stiles).


De Moscovo a Londres, de Madrid a Nova Iorque, passando por Tânger, “The Bourne Ultimatum” alia intriga e personagens fortes a um ritmo imparável com impressionantes perseguições e cenas de luta. “The Bourne Ultimatum” tira também todo o partido de um herói ambíguo e pouco convencional, que, em vez de lutar por uma missão, luta por si próprio, e que é simultaneamente perseguidor e perseguido. Bourne é uma alma em conflito, uma máquina de matar eficiente mas relutante, perigoso mas vulnerável.


O final é satisfatório nas respostas que dá, mas deixa em aberto a possibilidade de um quarto filme. Até porque, já após a amorte de Ludlum, Bourne foi “ressuscitado” por Eric Van Lustbader em mais dois livros: ‘The Bourne Legacy’ e ‘The Bourne Betrayal’, de 2004 e 2007 respectivamente.






CITAÇÕES:


“Don’t second-guess an operation from an armchair.”
DAVID STRATHAIRN (CIA Deputy Director Noah Vosen)