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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

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CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

Clássicos Pendentes II - BLADE RUNNER

08.12.05, Rita

BLADE RUNNER – PERIGO IMINENTE

Realização: Ridley Scott. Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Edward James Olmos, M. Emmet Walsh, Daryl Hannah, William Sanderson, Brion James, Joe Turkel, Joanna Cassidy. Nacionalidade: EUA, 1982.




Tendo visto a versão Director’s Cut não me cabe fazer comparações com a versão que foi lançada comercialmente. Esta não tem a narração de Rick Deckard (Harrison Ford), inclui novas cenas e, pelo que me dizem, também um final diferente.


Los Angeles. 2019. As grandes empresas assumiram o controlo da sociedade. Esse é o caso da 'Tyrell Corporation', uma empresa tecnológica especializada no fabrico de “replicants”, robots em quase tudo semelhantes ao ser humano, mas com uma força sobre-humana. Após um motim, um grupo de polícias de elite, a “Unidade Blade Runner”, tem como objectivo exterminar todos os “replicants” que restam. A missão de Deckard como “Blade Runner” é apanhar 4 desses “replicants”: Roy (Rutger Hauer), Pris (Daryl Hannah), Zhora (Joanna Cassidy) e Leon (Brion James).


Para uma existência pacífica, os “replicants” são levados a crer que são humanos devido aos implantes de memória que lhes são colocados (com infância e recordações), como é o caso de Rachel (Sean Young), que, com Deckard, compõem o par romântico da história. Mas para identificar um “replicant” basta submetê-lo ao teste ocular Voight-Kampff, que diferencia as reacções humanas das dos andróides, e que se vale da incapacidade destes últimos em sentir empatia, ou seja, de se identificarem com os sofrimentos ou alegrias de outros seres.


Baseado no livro de Philip K. Dick, “Do Androids Dream of Electric Sheep?”, “Blade Runner” levanta questões metafísicas sobre o que significa ser humano. À medida que Deckard faz a sua caça, vai-se tornando cada vez mais frio e desligado, enquanto que os andróides, motivados pela sua luta pela sobrevivência (o prazo de validade dos modelos Nexus 6, por exemplo, é de 4 anos), vão revelando um lado cada vez mais humano, através de sentimentos como o medo ou o amor.


Num contexto de decadência ambiental, de homogeneização e desumanização da sociedade, cabe ao ser humano lutar pela sua sobrevivência como ser emotivo, criativo e solidário.



RAZÕES PARA VER:
- Como alternativa ao livro.
- Porque a ficção científica nem sempre é ficção.
- Por Rutger Hauer e os saltos de Daryl Hannah.





CITAÇÕES:


“- Describe in single words Only the good things that come into your mind, about your mother.
- My mother? Let me tell you something about my mother.”

“Too bad she won't live... But then again, who does?”


“If you could see what I've seen with your eyes.”


“The light that burns twice as bright burns half as long, and you have burned so very, very brightly.”


“I want more life, fucker!”