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CINERAMA

CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

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CRÍTICA E OPINIÃO SOBRE CINEMA

Saw III ****

13.12.06, Rita

Realização: Darren Lynn Bousman. Elenco: Tobin Bell, Shawnee Smith, Angus Macfadyen, Bahar Soomekh, Dina Meyer, Donnie Wahlberg, Mpho Koaho, Barry Flatman, Lyriq Bent, J. LaRose. Nacionalidade: EUA, 2006.





Mais nojento, mais retorcido e mais difícil de ver que “Saw II, e conseguindo superar o efeito surpresa de “Saw”, este “Saw III” mantém toda a tensão psicológica e a consistência com os filmes anteriores.


A tensão instala-se logo de início, e o corpo leva mais tempo a descontrair do que aquele que o filme dura. Há pessoas muito doentes! E não me refiro às personagens deste filmes, mas aos argumentistas Leigh Whannell e James Wan.


Colocando-os em situações mortais, Jigsaw (Tobin Bell) pretende fazer com que a suas vítimas dêem o devido valor à vida que têm ao seu dispor, testando a sua vontade de viver. Mas Jigsaw está agora às portas da morte. Amanda (Shawnee Smith), a sua protegida, rapta a médica Lynn Denlon (Bahar Soomekh) para o manter vivo até que a sua última vítima – Jeff (Angus Macfadyen) – termine o seu derradeiro teste. Movido pela sede de vingança pela morte do seu filho num atropelamento, Jeff verá ser levada ao limite a sua capacidade de perdão.


Diversos flashbacks vão explicando a relação de Jigsaw e Amanda, e completando algumas peças em falta dos filmes anteriores, como é o caso dos destinos do detective Eric Matthews (Donnie Wahlberg) e Kerry (Dina Meyer).


A fotografia de David A. Armstrong aliada ao óptimo design de produção ajudam a reforçar o pesado ambiente do filme. Aquela sala de “trabalho” faria as delícias da Santa Inquisição!


Mas o campo em que “Saw III” mais se destaca é no campo interpretativo. Para começar, os maus têm mais tempo de antena. Tobin Bell consegue ser, na fragilidade da morte, impressionantemente forte e controlado. E Shawnee Smith está perfeita, indo de um extremo emocional a uma calma assustadora. Por outro lado, as vítimas escolhidas são muito mais interessantes, mais densas em termos de background e dando mais luta aos seus opositores. É curioso ver, por exemplo, como a personagem de Bahar Soomekh evolui aos nossos olhos ao longo de todo o filme.


Não aconselhável a pessoas facilmente impressionáveis ou de estômago fraco, “Saw III” é uma prova de que as sequelas podem valer a pena, de que o terror pode ser inteligente, e de que, com tanto dente por dente, o perdão é um dos maiores testes a que a humanidade está sujeita. E os resultados não são os mais animadores...






CITAÇÕES:


“Death is a surprise party.”
TOBIN BELL (Jigsaw)

“Dr. Lynn Denlon - I have the instruments to cut someone open. I don't have the tools to save a life.
Amanda - You'd be surprised what tools can save a life.”
BAHAR SOOMEKH (Dr. Lynn Denlon) e SHAWNEE SMITH (Amanda)

“Live or die Jeff... make our choice.”
TOBIN BELL (Jigsaw)
























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